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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Certa vez, na minha inocencia de criança, perguntei a minha avó qual parte do dia ela menos gostava. Com lágrimas nos olhos ela me disse que o final da tarde era horrível, pois tinha a sensação que meu avô iria voltar para casa e tudo voltaria a ser como era antes, mas a espera dela era em vão, pois ele nunca apareceu.
Aonde guardar a saudade?
Aonde encontrar este amor que se alimenta da espera?
Como esquecer do passado para viver o presente?

Sempre me perguntei isso, sempre quis entender o que era essa saudade que fazia com os olhos de minha avó brilhassem.
Procurei estas respostas, mas como? Se eu nunca senti isso...Aliás, será que um dia eu vou sentir essa saudade que sufoca? Ou esse amor que pode esperar a eternidade?

Quando eu era mais nova dizia com orgulho que não acreditava no amor...hoje eu tenho certeza que eram naqueles momentos que eu mais amava. É que o pra sempre, me prende...e eu não sei viver presa...
Eu gosto de viver paixões pq elas me libertam!
E eu procuro momentos que me façam viver...
O único problema é que não sei esperar...

Aquele

Sou aquele que vive em um formigueiro, seguindo sempre em frente, esperando o momento exato de ser esmagado.
Sou aquele que busca a paz das crianças dormindo
Sou aquele que supera tudo e todos e não desiste nunca
Eu sou aquele que mesmo nos dias de chuva consegue ver o Sol
Aquele que com um "jeitinho" da um jeito em tudo
Sou aquele que samba com música clássica
Aquele que dá muito e recebe pouco
Sou tudo e todos e mesmo assim sou apenas o resto
Eu sou o povo que vive se equilibrando em cordas bambas. E que acha aonde se apoiar mesmo quando tudo já desmoronou...

Uma certa nevoa cinzenta cobria a cidade quando resolvi partir. Deixei que a ventania daquela noite me guiasse. Assim parti, deixando tudo que eu era e tinha para trás.

Não quero que pensem que fujo, estou apenas fazendo da interrupção um novo começo.

Não é fácil deixar para trás metade de mim, não é fácil não pensar e é estranho não sentir...

Mas não sei me prender nessas certezas e por mais que eu corra eu não alcanço.

Não sei avisar quando vou chegar ou partir...não gosto deste pacto com a mediocridade.

Suave

Talvez esta louca e forte tempestade demore a passar, talvez ela não queira mais aquela calmaria. Não quer mais se sentir sem vida e ele pelo menos a faz sentir algo.
A chuva é forte e avassaladora e bagunça seus pensamentos.
Ela sabe viver amores inventados o que ela não sabe é parar o tempo...

Naquele Instante


Houve a possibilidade de estarem juntos.

Aconteceu o beijo, aconteceu o momento e mesmo assim não deu...

Será que teve sentido naquilo tudo? A única certeza é que naquele momento eles se tornaram eternos...

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