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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Estou acostumada a me acostumar com o que me oferecem. Aceito sem brigas o que o outro pode me dar. Porque ouvi dizer que as vezes o máximo do outro não é o máximo que você esperaria de alguém.
Aprendi a deitar no sereno e olhar a noite a passar, porque alguém algum dia me disse que a gente tem que deixar o tempo passar.
Mas nunca ouvi falar, nem ninguém me explicou como eu transformo tudo que sinto aqui dentro em palavras. Assim, acabo sempre muda, sem conseguir dizer o que meu corpo já decorou em forma de olhar e toque.
Me vejo sempre tão vulnerável ao outro e ao mesmo tempo tão distante do outro. As vezes beijos não resolvem, faltam as palavras que eu esmago nas entrelinhas tentando decifrar o que é que acontece com a gente.
O que é que aconteceu? Toda semana vivo meu último romance. E vivo de repente esperando um antigo novo personagem que me prende. Tenho uma porta onde muitos esperam do lado de fora. Ilusão a minha achar que alguém, algum dia, veio me visitar no meu mundo. Ninguém me conhece, nem eu mesma. Só que as vezes, quando me olho no espelho eu sei quem eu estou vendo e estou vendo alguém que sabe magoar os outros. Eu não quero magoar ninguém.
Um dia me mostraram o que é sossego e aonde é que o tempo voa. E adivinha só? Eu me perdi. Não no tempo, nem no outro. Me perdi em um monte de contradições que não faziam sentido, mas que eu sentia.
A gente se acostuma. E eu me acostumei a achar que o que eu tenho é o suficiente, que eu não mereço mais que isso. Aliás, que eu não preciso ter mais do que eu já tenho. Só que fica um vazio que nunca preenche, uma frase que começa com "e se..." e que termina sempre nas reticencias.
Me prometeram tanta coisa e em troca eu só prometi o instante. Aquele instante. Não posso oferecer mais que isso. Sou feita disso e só ofereço o que tenho para dar. Te dou este instante. Fica comigo? Ficam, mas não querem o instante. Querem o que eu não sei que tenho. Querem o que não importa e assim eu fico sozinha com todos os instantes que eu ofereci...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Somos feito de impressões. Que impressão eu deixo marcada na pele de quem eu quero bem? Parar um pouco, olhar ao meu redor e perceber...Quero isso ou não quero?
Quero a novidade de histórias antigas, mas também quero o sabor antigo de viver algo novo.
Daqui para frente tudo é doce, mas é doce sem enjoar. É só eu ficar longe que eu penso no que eu quero por perto.
Parei, olhei ao meu redor...é aqui o meu lugar. É aqui que quero ficar. Sinto muito se dou a impressão de que não pertenço...é que pertencer é algo que eu não consigo entender. É preciso pertencer para se querer? Ou é preciso que se queira muito e aí eu pertenço?
Que confusão de idéias. Jogo tudo para o alto, o que cair primeiro em minha mão eu tomo eu meus braços. E adivinha? Cai tudo junto. E dentro do meu abraço apertado não cabe o mundo inteiro.
Então eu escolho, ou deixam de me escolher ou sou escolhida e então tudo se encaixa. Mãos dadas se soltam e laços desatam. Faço parte de um jogo que não estou participando, sou juíza de histórias que não posso escrever e cuido do que já esta quebrado.
Parei, observei o mundo com outros olhos e me veio a impressão de que não é justo fazer isso com quem eu quero bem. Então me desculpo, não com o outro, mas comigo. Não aguento ser o que não sou, não quero fazer com que o outro sinta o que eu já senti. Ser a causa não...quero a consequencia que traz ser o que sou.
Já posso voltar para minhas coisas? Já posso voltar para meu mundo particular? Por favor, não dependam de mim, não sei viver com o peso de ser mais do que imagino ser para o outro.
Preciso parar...Paro! O que é que eu perdi pelo caminho? Perdi histórias doces e me vejo ouvindo gente que acha que como eu vejo as coisas é errado. É errado talvez, mas eu sou errada. Quando eu quis ser certa me perdi em escolhas que não são minhas.
Erro, mas em escolhas minhas. Não queiram me dar uma nova impressão sobre o que vejo e sinto. Mas hoje sinto que se for para ser assim eu não quero.
Gosto de olhares doces, gosto de gente que é sem precisar de maquiagem. Aonde eu encontro gente assim? Se nem quando olho no espelho encontro.
Resolvi dar a chance e olha que surpresa...resolveram me dar a chance também.
Encontrei bocas antigas, toques já conhecidos que me deram a impressão de que eu estou perdida.
Que coisa louca é um beijo na boca. Me faça rir, me faça feliz, me faça perto!
Quando é que eu vou poder falar que eu esperei a vida toda para isso acontecer?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Estão pedindo para eu escolher. E na minha indecisão de sempre, eu me decido sempre em desistir. Não apenas por ser mais fácil assim, mas porque eu não sei escolher.
Mas isso me confunde. Eu nunca escolhi o que é fácil e se eu escolho sempre caminhos difíceis, logo eu sei escolher.
Eu só não queria ser uma cadeira vazia, um número na chamada riscado, uma ex funcionária, um relacionamento que quase deu certo. Eu não queria ser essa que escolheu desistir.
Mas me pedem tanta coisa e eu me vejo tão perdida no que me pedem que eu faço o que eu sei fazer melhor. Abrir mão. Eu sei me desprender de tudo que me enlaça. É fácil, doi, mas passa e eu não olho para trás, o que facilita minhas decisões tão desacertadas.
Escolhas, dizem que a vida é feita delas e que uma hora ou outra a gente tem que abrir mão de algo. Se tudo que eu tenho me completa, do que eu vou abrir mão?
Quem sou eu nesse tumulto que me impede de ver o que eu quero e o que eu sou? O que é que eu faço com tudo isso? Não me digam que eu não posso ter tudo, porque nisso de tudo ou nada eu acabo ficando com o nada. Eu sei me preencher de coisas novas, só é difícil para mim me esvaziar do que me completa.
Tempo, tempo, tempo. Para tudo tem seu tempo. Quando é que vai chegar meu tempo de parar o tempo? Sou tantas pessoas ao mesmo tempo que as vezes nem me reconheço. Não sou completa em nenhum lugar e toda vez que viro as costas fecho os olhos e penso. "Poderia ter feito mais". Eu não aguento mais viver da possibilidade de ser mais do que eu sou.
O que eu sou? Sou egoísta por não abrir mão de nada.
Estou com medo. Porque tudo que eu mais quis, já não sei se é o suficiente.
De repente eu já não sinto o frio na barriga necessário para minhas paixões. E eu preciso disso. Não abro mão. Não me olhem como se já soubessem o que eu vou fazer ou como eu vou me portar. Eu surpreendo a mim mesma e não espero sinceramente que me dêem a resposta.
Não é possível viver em dois mundos. Eu vou provar que é possível sim. Vou provar o gosto de saborear o que me preenche e não vão abrir mão de nada. Por que se for para desistir de algo, eu desisto de todos. Afinal, minhas escolhas são o reflexo do que eu sou e muitas vezes sou contraditória mesmo.
Eu sei que muitas vezes fico com várias coisas para assim não me apegar a nenhuma. Eu sei disso.  Se uma delas não dá certo eu tenho milhões de outras possibilidades para me completar. Mas fica sempre um vazio que não preenche. Se eu abrir mão de tudo? Você me promete que eu não perder o que eu mais quero? Não...porque eu não sei mais o que eu quero. Eu sei que quero muita coisa, mas eu só percebo que queria quando já não está mais em minhas mãos escolher.

domingo, 20 de maio de 2012

As vezes eu tenho nojo do ser humano. Tenho muito medo de ser igual ao que eu vejo o tempo todo. Será que tudo isso é só um espelho e eu estou me vendo refletida nisso tudo?
É tão cruel esse orgulho que maltrata, que faz da gente o que a gente nunca achou que poderia ser.
É sem amor esse jogo sem vencedor. Não entendo esse negócio de fazer o outro sentir o que você está sentindo. Não faz sentido...Que desejo é esse de ser o vencedor de uma competição sem limites? Eu já disse tantas vezes, eu não quero vencer. Fico com o perdedor, com aquele que perdeu o medo de não fazer sentido nenhum essa história.
Eu não quero, não quero me misturar. Eu não quero ser isso que faz mal, que desperta a dor do outro, que é veneno. Eu escolho não ser inteligente o suficiente para assim, não perceber que está tudo errado.
Em um almoço de família meu irmão com seus comentários severos me deu uma bronca. "Acorda para a realidade, o mundo real não é esse mundinho que você vive. Essas coisas que você não acredita que possam acontecer, acontecem sim!"
Bom, eu prefiro meu mundo de fantasia e me enfeito com mentiras que escondem o que nós realmente somos. Uso a minha máscara de que está tudo bem a gente ser assim. Quando na verdade o mundo não me agrada.
No meu mundo de fantasia eu sou feliz. Nele eu não vejo o que não merece ser visto. O engraçado é que neste meu mundo de fantasia as pessoas de faz de conta não se encaixam. Na minha fantasia é aonde eu presencio o que no mundo real a muito tempo eu já não vejo.
Que ressaca de lembranças é essa que me invade e mostra que não está tudo bem? E que eu preciso aceitar que é assim que tem que ser?
Por favor, não digam que é assim que eu tenho que ser? Eu não faço parte disso. Eu não me encaixo e não encontro ninguém que se encaixe. Eu não quero isso. Me cansa, me faz sumir.
Desapareço então de tudo isso. Não quero fazer parte dessa doença que contamina.
Preciso procurar essencias que tornem a minha realidade mais doce.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Já me cansei da nossa fuga.
Me cansei também de buscar no contar das minhas histórias a aceitação dos outros.
Cansei de esconder o que na verdade não tem mais motivo para ficar guardado.
Me cansei de tanta coisa...Por que é que eu não me canso de você?
Se o fim já vai chegar ou se ele já chegou e não foi percebido, então é hora de abrir a janela dessa história e deixar finalmente ela ser livre!
Eu já provei e comprovei que não há motivo para essa história não estar em seu devido lugar. E ela simplesmente não combina com a minha caixinha de recordações. Ela não combina com meus textos, não combina com ilusão.
Certa vez eu conheci alguém, esses alguéns que não tem nome. Que não podem ter nome. E me apaixonei. Porque não tinha o nome, não tinha o que não precisava ter. Não precisava ser apresentado. Se fazia presente. Era meu presente. E essa falta de nome nunca trouxe a falta dele. Embora me falte tanta coisa, não é no nome que me apego. Sobrava vontade, sobrava certeza...Quando me faltou a lembrança do rosto dele tive que dar um nome, tive que saber seu nome porque eu precisava lembrar de algo.
Seu nome ficou guardado, será lembrado. Mas é só um nome...Veja só, eu não queria nome e foi só com isso que fiquei...
Certa vez eu conheci um lugar paralelo a tudo e a todos e lá eu quis ficar. Logo eu que só sei partir...
Eu preciso de pausas e de lugares para pousar.
Um dia encontrei o que tanto procurava naquele momento e perdi no meio da nossa confusão. Eu que sempre tão confusa procurei formas de adiar o tumulto que vem em forma de atitudes não pensadas.
Sou uma mistura de tanta gente que as vezes fico cheia de mim de mesma.
Uma vez meus olhos se despediram de quem do outro lado da rua me observava e então me dei conta de que não estou acostumada a gostar tão tranquilamente assim e me veio a paz que me trouxe a resposta do meu silêncio. E no silêncio me veio a certeza, que de tanto pensar virou história nova e novamente eu me vi perdida pensando que talvez não seja tudo isso.
Houve um tempo em que minha boca não conseguia conter o sorriso e eu via refletida essa minha imagem de boca seca de felicidade no outro. Foi estranho, foi quando devorei a vontade que estava presente no tempo.
Então veio o tempo e me trouxe novos tempos. E me vieram novas perguntas e me fizeram uma pergunta. E respondi com a decisão de quem já tinha a resposta a muito tempo guardada.
Sim, eu quero mudar o rumo dessa história, mas só se for agora...
Ai eu me cansei porque cansa andar em circulos. Cansa ficar cansada o tempo todo. Da preguiça gente igual. O que diferenciava começa a se igualar e eu não gosto de gente igual...Se eu sou uma junção de todo mundo é natural que eu queira gente diferente para me completar.



domingo, 6 de maio de 2012

Se eu estou diferente você vem me perguntar o que é que há comigo e me deixa ainda mais confusa...
É,eu estou confusa. Na verdade, eu sou confusa. E nessa antiga confusão de tentar entender o que sinto e o que sou, você se faz reflexo das minhas próprias contradições.
É para ser bonito e breve. É leve! É isso que sou...Um dia alguém soube lidar e gostou...
Mas não é o suficiente, nunca será o bastante e está é a minha forma de me desvencilhar.
Quando existe o silêncio de dois mundos se afastando não me resta opção, a não ser procurar outra opção. Já faz tempo que o tempo mudou. Agora chegou a hora de se aventurar.
Me aventuro em abraços que não sabem se encaixar, em beijos roubados e em sorrisos que não me dizem nada. Mas também faz tempo que tudo passou a ser nada...
Quando, sem querer, meu desejo muda de direção, encontro seu esconderijo. Quando foi que eu me acostumei a sentir o que me vinha a tona sem eu nem ao menos perceber?
Sou a lembrança do passado de tanta gente.  Quando é que eu vou deixar de ser só lembrança?
Eu não te reconheço, não me conheço...Eu já não sei o que é que eu gosto no outro. Talvez você possa me ensinar a gostar de você. Porque eu já não gosto. Não posso viver o que não sei sentir e também não quero viver o que já deixei para trás.
Não vejo mais sentido e pela primeira vez, não quero sentidos...quero os teus sentidos.
"Você não se esquece de nada?" Me perguntam olhos que sabem que o tempo não apaga minhas vontades.
De repente o passado vem a tona...Me mostra um, dois, três...Faz contagem de tudo que eu abandonei na hora em que escolhi ter medo. Não quero reviver porque ainda não morreu.
Por que é que a gente é assim? Perde a graça procurar motivos para não ser o que já se é a muito tempo e ninguém notou.
Nota e anota a cadência da minha história em ritmo lento e com intensidade.
Eu poderia ser tanta coisa que já fui...mas escolhi ser o que ainda não sou.
Um quase beijo pode se tornar um beijo de se perder o folego. Me contaram em segredo que o gostoso é conquistar e não ser conquistado. Agora é a minha vez de contar um segredo...É bom ser conquistada sem nem ao menos perceber. Por que é que não se perde tempo com aquilo que merece seu tempo? Jogos não conquistam, jogos tornam a competição gostosa...Mas eu não quero competir.
O silêncio traz o peso de palavras guardadas em lugares tão bem escondidos, que é difícil encontra-las na hora em que precisamos delas. E eu preciso delas para dizer uma porção de coisas que podem não fazer a minima diferença, mas que não cabem mais aqui dentro. Eu não faço questão de saber quem é o primeiro, ou o segundo...o último com toda certeza faz muita mais diferença.

sábado, 5 de maio de 2012

Ele não sabe e não viu todos os planos e desejos que ficaram para trás. Quando desataram as mãos já encaixadas de felicidade, soltaram também toda a vontade que os prendia. E prisão era um nome que não se encaixava ao nome que eles não haviam dado...

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