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domingo, 10 de maio de 2015

O silêncio da noite é minha música favorita. O frio da paisagem do final de um dia de outono traz paz para meus pensamentos que dançam de acordo com as batidas do meu coração.
O mar amanhecendo é o melhor retrato que meus olhos já tiraram.
O cheiro de bom dia de quem me quer bem me faz doce.
Se me perguntarem no que estou pensando quando sorrio sem motivo, não saberia responder, Da minha boca saem palavras erradas e nas minhas atitudes, vejo tudo que não sou moldando o que acham que sou.
Um dia me disseram que em nossa cabeça existem caixinhas de pensamentos aleatórios. Quando uma se fecha a outra se abre, e assim, a gente nunca para de pensar...Sou bagunça e as minhas caixinhas se abrem todas juntas, se embaralham, transbordam e não se fecham. Criam asas e voam para longe e eu me encontro sempre perdida entre o que penso e o que sou. Queria poder dizer o que penso, mas sem precisar explicar a velocidade com que o que sinto corre dentro de mim.
Ouça meus olhos. Leia minha pele. Escute minha respiração.
Entre tantas coisas artificiais deve, ao menos existur verdade na leitura de um sorriso.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Quando o fim aparece

Quando o amor acontece nunca se imagina que um dia também ele desaparece. Seria estranho pensar no começo pelo fim.
Talvez o ponto final não fosse tão triste se não houvesse o apego por tudo aquilo que se imaginou que poderiam ser e não foram. Difícil aceitar que para cada um “eu te amo sincero” existe um “eu não te amo mais” tão sincero quanto. Seria a pior das traições deixar que o infinito que já não faz bem para aquele que mais queremos bem se perpetue sem vontade.
Para se esquecer alguém o tempo é o melhor remédio.  A  verdade é que o tempo, aquele mesmo que matou sua relação também pode ser o responsável pela salvação de suas noites deitada sofrendo pensando “Será que por um instante de seu dia, você ainda pensa em mim?” Se a resposta para a sua filosofada noturna fosse sim, você certamente receberia notícias dele, mas se você ainda está lendo esse texto é porque a resposta é não. Não, ele não pensa mais em você.
Viva o luto do fim. Ele existe e deve ser vivido, com direito a músicas que embalaram seu romance e a releituras de cartas de amor. Após o triste dia do adeus chegou a hora de limpar a casa para que a saudade não vire assombração. Não é necessário atirar pela janela seu passado e sua história, mas guardá-lo aonde a saudade adormeça e não machuque é uma boa opção.

Não fique em casa esperando que as pessoas percebam que você precisa de companhia, certamente você deve pensar que ainda precisa viver o luto, quando pensar isso, já é a hora de você começar a sair de casa e ver gente.  Procure pessoas que encham seu tempo de novidades e de novas expectativas. Viajar, cortar o cabelo, começar um curso novo, são algumas das muitas  formas de você não trair a sua essência; viver.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Tenho uma regra sobre o primeiro encontro. Ele não passa do primeiro. Nada contra os encontros clichês em bares, cinemas e restaurantes, mas para que exista o segundo encontro é necessário que eu não perceba que passei pela primeira etapa de desvendar a intimidade alheia. Tenho preguiça de me apresentar e aquele silêncio constrangedor de duas pessoas procurando um tema para debater me deixa sem paciência. O momento que antecede o beijo é ainda mais difícil. Situação chata em que o cara resgata sua máxima coragem e que em casos extremos pede sua autorização para beija-la.
Eu não deveria me explicar, mas sinto a necessidade de compartilhar da minha fobia de encontros.
A noite pode até ser divertida, mas quando volto a minha zona de conforto, me esquece, dificilmente voltarei a batalha das mão dadas sem intimidade, do carinho sem afeto e do beijo sem frio na barriga.
Minha forma de ser é peculiar. Não nego, mas acredito em encontros sem serem marcados. Eles funcionam comigo e meu medo do outro se apaga por completo quando isso acontece.
Os moldes me assustam. Peço desculpas por essa minha regra tão infantil, mas sou tão confusa dentro de mim que acabo me perdendo no "vamos nos ver de novo." Quando essa frase chega eu já estou distante pensando na nova regra que me distanciará da intimidade e de compromissos que não consigo anotar na minha agenda.

Porta aberta. Ele irá deixa-la novamente.
Olhos fechados. O que você quer de mim?
Olhos nos olhos. Você pode nos ver? Acredito que não...
Roupas deixadas no chão. Agora você pode ir...
Calma! Temos todo o tempo do mundo.
Então ela pede o tempo...
É preciso a necessidade da liberdade respeitada. Viver um grande amor centenas de vezes e se descobrir apaixonada pela mesma pessoa. Palavras que se cumprem. Beijos novos, beijos calados. A cumplicidade do mesmo desejo.
Pássaro livre, de voos longos, tendo a certeza de um amor que ultrapassa tempos e tempestades.
Companhia de noites de silêncio, de dias de separações. De momentos de encontros e eterna lealdade.
Contrato invisível de duas pessoas que acima de tudo acreditam em um amor sem nome.
Raízes longas, folhas livres e frutos raros.
Foi tudo o que ela disse em pensamento antes de fechar a porta que a tempos estava entre aberta.

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