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domingo, 31 de julho de 2011

Faz mal pensar nas coisas que foram e que não vão mais voltar?
Se fosse possível escolher um momento para reviver qual seria ele?
Que beijo roubado daria? Que abraço apertado não soltaria?
Quantos pedaços de outras pessoas levo comigo?
Quantos pedaços meus já foram embora com outra pessoa?
Me pediram para responder e ao invés disso, calei.
Calei a vontade, a saudade...Escondi os detalhes que me conquistam e joguei palavras que não dizem nada.
Não me peça para escolher...a minha escolha é sempre contrária ao que eu realmente quero.
Se fico aqui parada é porque eu realmente queria ir e assim eu me acostumo a sempre ser contraditória.
Gosto de fazer os meus caminhos, mas prefiro me perder no caminho de outras pessoas. E assim eu traço um labirinto de vontades e histórias inacabadas.
Não me pergunte o que eu quero. Não me deixe pensar a respeito...Venha com pressa, mas seja calmo. Seja rápido se não escapo da minha vontade.
Não é que eu mude sempre de opinião é que o que eu quero ainda não achei....

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Acordo! Que pesadelo é esse que não sai da minha cabeça?
Sonhei que alguém tentava invadir a minha casa e o pior de tudo é que a briga era comigo mesma.
Era uma luta violenta de eu e eu mesma. E como eu tinha medo que eu mesma invadisse a minha casa...Loucura isso né?
Levantei da cama lavei o rosto tentei encontrar alguém acordado nessas madrugadas solitárias, mas nada adiantava. Mesmo depois do pesadelo eu ainda estava amedrontada. Tranquei todas as portas de casa mas de que adiantava? O mostro que me apavorava era eu!!!
Desisti de dormir então, afinal alguém tem que ficar de vigia nessas situações. Peguei o espelho e fiquei me olhando noite a dentro.
Muito bem, olhos nos olhos se encarando. Quem é você que está tentando sair de dentro de mim? Quem é você que está ai fora e não me deixa aparecer? Filosofando um pouco...Quem são vocês duas e o que vocês querem?
Por que desse medo descontrolado de aparecer? O que é que eu tento de todas as formas esconder de mim?
Tenho medo de deixar escapar segredos. Tenho medo de deixar escapar sentimentos. Tenho medo do que eu sou. Parece estranho, mas esse sonho ou pesadelo foi ficando claro...Não precisei nem do talento de Freud para perceber o que está acontecendo comigo.
Não aguento mais ser contida. Ter risada branda e buscar nos olhos dos outros aceitação já não me satisfaz mais. Aliás nunca me satisfez.
Não quero aos 2o e poucos anos já ter os planos de toda uma vida. Não sei o que vai acontecer amanhã, não quero ter que ficar pensando na consequencia de tudo que falo e faço.
Se amanhã o que sinto foi embora hoje ele está vivo e hoje eu quero, quero aproveitar um pouco mais...
Nessa luta incansável de eu e eu mesma não sei quem deve vencer, mas acho que já é hora de aparecer um pouco do que eu não mostro. Sei fazer parte de tudo que é correto. Sei andar de mãos dadas, me portar educadamente em público, que certas cores não combinam e que existe uma lista de erros que eu não posso cometer. Mastigar de boca aberta? Nem pensar! Sexo antes do casamento? Finge que não existe...sair por ai dizendo o que pensa e demostrando o que sente...ahh esse é um dos erros fatais. A não ser que alguém antes de você tenha feito algo parecido ai não é tãaaao errado.
Olho no relógio e as horas não passam...Começo a ficar entediada de mim. Acho mais graça naquela que está lá no espelho. Mas ainda assim olho meio reciosa dá medo encara-la de frente.
Pouco a pouco eu vou deixando de me vigiar e começa a aparecer alguma coisa do que escondo. Falo o que tenho vontade de falar, mas calma não se acostume o meu EU é muito resistente. Deixo meu instinto falar mais alto que minha razão...Mas a razão está lá que nem em meu sonho tentando de toda a forma manter a porta fechada. E disso tudo o que entendo é que tem uma guerra dentro de mim e que não vai demorar muito alguém vai se ferir...
Conversando com a minha avó percebo que os grandes amores estão cada vez mais distantes da minha realidade. Tudo que vem é explosivo e vai embora. Deixa marcas, mas não cicatrizes. Aonde está esse amor que vejo nos livros e poesias?
Minha avó guarda com elas todas as cartas de amor que trocava com meu avô. Lá eu encontro o que busco, um pouco de um amor construido com o tempo. Que tempo é esse que não faz a saudade passar?
Pergunto para a minha avó porque ela não lê essas cartas que estão guardadas. A resposta dela é clara e contida. Um choro de uma saudade avassaladora que faz com que pareça que foi ontem que meu avô foi embora. "Eu não tenho coragem de ler. A saudade é insuportável" responde ela com um nó que nunca se desfaz da garganta. Toda vez que escuto minha avó falando de meu avô vejo como a saudade é cruel. Está ali presente o tempo todo batendo em sua porta e deixando o passado sempre presente.
O que se faz quando a gente olha para o lado e sente o frio da ausencia?
E quando a gente fecha o olho e sente o cheiro de um momento que já passou invadir nosso corpo. Tem como fugir disso?
Só sei que há quarenta anos minha avó aguenta a essa saudade que não a abandona nem em seus sonhos. E eu percebo que até pouco tempo eu nem sabia o que essa palavra significava fico pensando se um dia eu vou sentir tanto a falta de algo como ela sente...
Talvez essa dor que a acompanha a todo o momento feito sombra passe...Mas eu sinceramente acho que não tem como passar. O que vejo nos olhos da minha avó é muito vivo para morrer e o que escuto em sua voz rouca de emoção é uma história de amor que o tempo não apagou....

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Você ficaria o tempo que fosse preciso para esperar?
É você que me espera ou sou eu que estou te esperando?
Eu posso ser milhares mas ainda sou única.
Hoje eu não quero nada e isso já é querer muito. Estou com saudade e um nó preso na garganta.
De tanto bem me quer acabei sem nenhuma flor.
É preciso que você venha e fique. Quero uma casa de sonhos feita por você
Não penso no que falo e penso muito antes de falar.
Você vale todos os momentos de pensamentos perdido.
Tenho pesadelos constantes e realmente preciso de companhia. Minhas noites são conturbadas...









sábado, 2 de julho de 2011

"E se" uma palavra que pode me levar a tantos lugares, mas que também me prende e me protege.
O que é que está acontecendo?
Não tenho saudade de você, nem saudade de mim...Estou vazia!
E se a gente não tivesse existido?
E se você não tivesse aparecido?
Hoje sem querer vi uma foto que estava guardada, na verdade escondida, como várias coisas que escondo para não lembrar...Mas existem certas coisas que mesmo escondidas insistem em aparecer ou em deixar marcas que não se apagam.
Hoje fiz força para acreditar que tudo vai voltar a ser como era antes...Antes do que? Antes de descobrir que gosto de companhia.
Sou intensa e impulsiva e de tanto medo de não poder segurar as rédias das minhas atitudes me prendo cada vez mais. E estou perdendo, perdendo muito...mas, se eu não controlo ninguém vai e esse ninguém vai...me deixa ainda mais sozinha.
No fundo vivo uma mentira...posso esconder tudo o que quero e que sinto, mas aqui dentro esses sentimentos não me deixam dormir em paz. Não sei ter paciencia, tenho pressa e a minha pressa me afasta de vc...Quando você chega eu já fui embora e quando eu espero você já passou.
É preciso parar o tempo? Ou é preciso que eu entenda que não tem a ver com o tempo?
Eu posso te querer, você me olhar, mas no fundo existe a impossibilidade...
Que você entenda que o "e se" me mantem afastada e que perceba que tenho medo. Sinto muito, mas tenho medo do que sou. Quem sabe um dia eu fique, pare de correr de um lado ao outro e espere...Quem sabe um dia eu fique e o encontro seja inevitável, mas por enquanto minha pressa me atropela.

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