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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A melhor coisa que não me aconteceu voltou. Como sempre voltam as coisas que a gente não manda embora e deixa guardado no potinho de tudo aquilo que a gente não quer abrir mão.
Poderia pensar que as coisas que não acontecem deixam marca na gente e que fazem a diferença na nossa história. E fazem mesmo. Fazem a perna ficar bamba e deixam uma dor que não tem como amenizar. Ela se instala no meio do peito e faz a gente querer voltar atrás e ter feito o que o corpo estava pedindo.
Das histórias que não poderiam acontecer ele insistiu em aparecer. E da onde tirar a força? Da razão, que já nem acredita que é este mesmo o motivo para não se fazer o que se tem vontade...
Ela tirou, tirou força da onde não precisava, porque o que realmente precisava era daquilo. Era do toque, da boca, do abraço...
Não esqueceu do que prometeu, não esqueceu do que não viveu.
Usaram novamente a desculpa do não é agora...e mais uma vez adiou o que já estava predestinado a acontecer. O que fazer quando se quer tanto uma coisa?
Que medo é esse que invade a possibilidade? Quantas chances foram desperdiçadas?
Tentei achar explicação para o que sentia, quanto a resposta estava ao meu lado querendo a mesma coisa que eu...
Foi então que eu me dei conta de como o queria e de como a chance daquele momento jogaria todas as outras lembranças fora.
Escapou mais uma vez e na noite silenciosa ele fechou a porta e ela se contentou mais uma vez com "não chegou a minha hora". Aquele instante escapou da mão. Até quando?
Fechou os olhos e dormiu contentando-se com o beijo de boa noite distante e mesmo assim tão próximo. Era preciso voltar no tempo....

O gosto de agosto

Chega de imaginar o que não pode ser. Quando se tem tudo planejado o novo bate em sua porta e te faz experimentar. Cuidado! É neste momento que se perde o foco do que se quer e vai atrás de uma idealização perturbadora que está longe de ser real.
Em uma noite em que tudo parece mágico ela só quer magia. E ele que parece ser tudo que se pede de alguém, mas é pouco para o que ela imagina querer.
Ganha a confiança de alguém que a perdeu a muito tempo. Vem com o sorriso de vontade e demostra ser o que se espera, mas está longe de ser  o que se quer.
Ela não troca, adia, porque se sente segura em um abraço apertado, mas não firme.
Ela beija, porque quer finalizar outras histórias e ele é o limite. A partir deste ponto os outros não podem mais sair do passado.
Encosta a cabeça em seu peito e por instantes sonha que ali é um lugar seguro. Mas não é...Nunca será e ela não quer que seja.
Mentiras não interessam, nem meias vontades.
O gosto de agosto veio junto com o desgosto de finalizar duas histórias em uma. Nenhuma que valeu a pena, nenhuma que trouxe mais vontade...E assim a noite passou e este momento não se eternizou.
Sabemos que foi paixão pelo modo que termina e esse fim não deixou saudade.

Falando sério

Agora ficou sério. Sem ter como esconder, sem querer esconder.
Foi sendo conquistado nos detalhes que ninguém percebe ou finge não perceber. Ganhou no sorriso, na amizade, na cumplicidade, mas acima de tudo em sua sensibilidade.
Era bem melhor parar com essas coisas, de olhos nos olhos e vontade escondida. Mas não é fácil e se fosse fácil teria definição mas ficou assim indefinido, confuso e difícil de lidar. Como era antes e provavelmente como continuará sendo.
Fui falando sério sobre sentimentos que não eram mais apenas momentos e quando dei por mim já estava sorrindo sem motivo e esperando...E como foi bom esperar, não que a espera tenha dado resultados, mas ela trazia junto com o frio na barriga uma vontade louca de parar o tempo ou apressar o tempo. Tanto faz, só sei que o tempo do jeito que estava não se encaixava. E segue não se encaixando...
Novamente tive que viver com o "não é agora" e "este não é o momento"...Uma semana que pareceu sem fim e que virou saudade gostosa de ter. Assim como ele foi, é e sempre será uma brincadeira que ficou séria e sem conseguir controlar, foi dificil de dominar. Olhos se encontrando no reflexo de uma viagem sem volta. Foi neste momento que me dei conta de como seria dificil a despedida.
Que medo de se perder na distância do "não é agora" e "a nossa hora chegou".
Que vontade de voltar no tempo. Quais os sintomas da felicidade?
Não, eu não consegui aceitar, mas entendi porque ninguém estava disposto a perder nada por algo que não era real.
E foi se perdendo o encanto, guardando o que se sentia e pensando aonde deixar as lembranças...
Peguei o calendário e contei nos dedos os momentos que tive a certeza de que a minha decisão era a certa...Foi algo tão distante que de perto parecia tão concreto mas, se despedaçou porque era frágil.
De repente virou mais uma e foi nesta definição que ela não soube ficar e resolveram mais uma vez adiar.
Até que se apague na história, até que se firme na memória...Até que seja ou até que se tenha ponto final.
Mas foi bonito, ficou com toda força e deixou um gostinho delicado na boca.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Abril despedaçado

O segredo é saber que certos encontros são certos mesmo sendo tão incerto gostar de alguém.
Há um silêncio que só se quebra com o beijo que sacia...E que beijo! E que vontade de encerrar o ciclo de histórias nesta história.
Porque deve existir um prazo para que exista o reencontro. Aliás quantos reencontros!!! Veio, de repente, a pressa do momento. De novamente fazer do simples uma complicada vontade de viver um pouquinho mais aquele instante que te faz perder o fólego.
É curioso o toque que ainda tem vontade de conhecer o que já se conhece muito bem. Com um jeito doce e olhos turvos faz brilhar olhos que também querem muito. E então, aquele espaço de tempo que parece curto demais para tanta vontade de ficar junto, torna-se praticamente eterno.
Seria tão mais fácil cair em outros braços e esquecer que se quer...E é exatamente neste momento em que se escolhe esquecer que ele volta e deixa claro que ainda é o momento dele ser esquecido. E então?
Vive-se novamento o que já estava no passado e que parecia guardado. Parece assombração que vive a perseguir, sem se dar conta, de que o ponto final não é ele...sou eu.
Não se jogam palavras fora, não se diz o que não precisa ser dito.
Vontade de quero mais, vontade de dizer "desde agora e para sempre".
Vontade que vem e que de repente vai embora...com as luzes se acendendo e trazendo de volta a realidade. Que realmente não é esta história, nem este o protagonista.
E de novo a realidade se torna fantasia e ele volta. Porque não é possível ser real o que sentem tendo os lábios contornados, olhos cerrados e e os abraços compartilhados.
Despedir-se para depois se encontrar novamente. Parece um jogo. Aliás é um jogo..que vicia e dá vontade de quero mais o tempo todo. Sem ser nó para ser desatado. É laço que enlaça, que é tão fácil de se fazer quanto de se desfazer.

Águas de março

Maior lua dos últimos tempos. Deve-se fazer um pedido. Não é possível que a noite passe sem ser ser especial.
E assim, olhando o céu, lá estava ela. No meio da multidão olhares se encontraram e não se afastaram...
Ele parecia ouvir sua conversa com a Lua, parecia saber o que ela queria e conseguiu decifrar o que seus olhos estavam dizendo. Simples assim.
A multidão, os gritos, tudo parecia não existir mais. A chuva que caia fazia caricia em uma pele que precisava de carinho. Mais uma vez, ele pareceu perceber que certas palavras não precisam ser ditas. Tocados pela música que tocava, lábios se tocaram e se tocaram mais uma vez e outra...Descobrindo assim um ao outro e aumento a sede de se querer.
Noite sem estrelas e com uma lua que brincava de se esconder atrás das nuvens. Noite de desejos realizados e de encontro desesperado.
Foi simples, calmo e gostoso. Gostoso ter alguém compartilhando o mesmo desejo que o seu e a mesma vontade de tornar aquele momento especial.
E foi especial, como são especiais as coisas simples que não querem nem devem se complicar com o tempo.
Mensagem de boa noite. Mensagem de bom dia. Mensagem de que foi bom e de que certos momentos se tornam únicos porque não se insiste na reptição e porque não guardam a esperança de algo mais.
E a Lua cheia com sua melancolia e beleza realizou o pedido, não naquela noite, não naquele momento...mas realizou o instante que guardou o prazer de ser inesquecível.

De janeiro a janeiro

Com o mapa secreto da minha história foi me envolvendo...Veio manso, calmo, sem pretenção.
Quando dei por mim já era o que não podia ser. Mas ainda podia esperar. Era necessário esperar. Não podia ser. Não pode ser e talvez nunca seja...
Era pra ser passageiro, algo sem explicação e que não exigiria de mim nada além da imaginação.
Me pegou de surpresa e sem que eu pudesse perceber...surgiu!
Brinquei de esconde esconde e guardei...Deixei bem escondido para que ninguém pudesse ver, não escondi dos outros, escondi de mim...
E foi assim, meio loucura, meio razão. Compartilhando uma vontade oculta...prometi que não era isso que eu queria.
Confundi e continuo confusa. Criei uma história sem propósito e quando olhei para o que havia criado percebi que a consequencia era real.
E foi dessa realidade que eu fugi, tentei esquecer e prometi guardar.

Outra vez...

Outra vez eles tentaram, não recomeçaram, pararam de onde tinham terminado e terminaram da onde já não tinha história.
Foi, é e sempre será. Sem magoas, sem saudade, sem vontade.
Voltou sem o coração apaixonado, sem o desejo cego. Voltou porque precisava de ponto final e de ser marcado na história.
Não deixou dor, deixou lembrança e vontade de algo novo. De frio na barriga, de carinho no braço e de abraço.
Foi embora ensinando o beijo de boa noite, o toque de pele e o sono compartilhado.
Sem pensar foi despedida e só se despede do que foi bom...
Deram tempo ao tempo diversas vezes. Deram prazo para o querer. E assim foi, uma paixão comedida, uma amizade colorida.
Sentimento que não mudou, se transformou em algo que não é mais meu e tão pouco dele. É nosso sem precisar revivido.
Foi a demosntração do que precisava acontecer, do que queria ser. Deu lugar para novas vontades, para outros contos e para outras esperas.
Uma história que não acaba no ponto final. Da continuidade de outra forma, com outros personagens, com outros sentidos. Que deixou um vazio tão pleno que foi através dele que pude preencher com um novo querer.

Janeiro

Fogos de artifício, lá está ela, olhando o céu e fazendo um pedido.
Ondas beijando a praia  e os dois se encontram, ou se reencontram, sem saber que já haviam marcado este encontro a um ano atrás. Só não haviam combinado de se querer e foi assim que se iniciou o ano, um ano de mãos dadas, de abraços com vontade, de beijos com desejo e de carinho sem pretenção.
Música ao fundo, gente com esperança no novo. Foi sem querer que esta simples cena marcou o ano em que ela percebeu que no vazio ela não se acha e ainda perde quem procura.
Nascer do Sol fazendo carinho no horizonte pintado pelo mar. O dia começou, iluminou e então, sem a pretenção de definição, ela soube que este seria um ano de procuras, vontades e saudades....

sábado, 24 de dezembro de 2011

Véspera de Natal.
Dia de ruas vazias e de casas cheias. Cheias de esperança, união...
Chegou o dia da Nostalgia, de uma tristeza que vem sem ter motivo, mas que dá pontadinhas no coração e deixa um nó na garganta.
Dia de reviver e de relembrar. Dia de ter saudade de abraços que deixamos escapar, de despedidas que não conseguimos dar, de beijos que não sairam da memória, de amigos que fizeram parte da nossa história.
Noite de abraçar quem a gente não quer deixar escapar, noite de receber quem a gente não quer que vá embora. Pelo menos não agora, não tão cedo. Noite de beijos com sabor de cereja, de amigos que fazem a nossa história.
Dezembro com suas noites iluminadas, com momentos que viram tatuagem em nosso querer.
Hora de fechar os olhos e pensar no que valeu a pena, no que vale a pena. E sinceramente tudo valeu a pena nesse ano que chega ao fim. Sem culpa, sem receios e com muita saudade de tudo que alimentou o que hoje é a minha fome de mais! Muito mais!
Ainda não é hora de despedidas, é hora de guardar com carinho cada gesto, cada sentimento, cada frio na barriga que me acompanhou até agora.
Ainda é tempo de correr para a casa da minha avó, de montar a árvore de natal  de esperar dar meia noite. Ainda é tempo de pedir e de ter esperança. E eu espero, já esperei tanto e continuarei esperando. Porque se a cada espera eu tiver a resposta que tenho tido..é porque vale a pena.
Feliz Natal e que a árvore da esperança continue dando frutos, continue guardando os que já viraram flor e que enraize a minha certeza de que não há nada melhor do que um abraço bem apertado, uma boa surpresa, um beijo sem culpa, um carinho doce e o presente de saber que se é presente na vida de alguém!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Me conte uma história diferente de todas as outras...
Me explique o que o clichê não pode responder.
Parece que acordei em outra realidade e nela não encontro quem estava antes presente. Está tudo fora do lugar ou finalmente eu tenha percebido que é deste lado que eu quero estar.
Quero conhecer a fábula doce de um mundo querido.
Das minhas mãos, que nasceram cegas e que sempre procuraram tocar o outro para poder decifrar o que meus olhos escondem, nasceu a sensibilidade de sentir.
Que a minha inocencia não seja pobre, mas que de novos olhos a mentira.
Então aparece o que esteve sempre ao meu lado, calado e me mostra sem pesar que não é aqui que eu quero ficar.
Sabe quando você percebe que todos os caminhos te levam para o mesmo lugar? Pois é...Tem sempre algo em mim que diz "Não é você" e tem sempre algo que me faz pensar "não agora..."
Me entrego ao vazio e ai aparecem aqueles que são completos e então o oposto ao invés de me atrair me faz fugir...
Sinto muito, mas nesse mundo de faz de conta eu não pertenço e se me acham louca penso que talvez a loucura seja a realidade e que este mundo é vazio demais para o meu querer.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Quando chega a noite e você pode parar para pensar. No que você pensa?
Observo minhas marcas no espelho. O que é que eu faço com as cicatrizes do tempo?
E eu que nunca quis querer tanto assim, hoje quero só um pouquinho ir além de mim.
Me debruço no abismo da liberdade. Que medo de pular!
A todos eu me despeço sem saudade, sem vontade. Que nada se repete e a ninguém compete pedir o que o tempo não pode reter.
Amores loucos, brandos, sussurros de vontade. Cansei de ser especial, hoje quero ser real. É sendo real que sou imperfeita, é sendo real que sou tocada e é sendo tocada que posso ser amada. Me faz pequena em seus braços, me faz grande em sua vontade. Que eu não sirvo mais para ser personagem da sua idealização. Me toma sem pensar...
O tempo bate em minha porta e deixa sempre o mesmo recado "Já é tempo". Então que venha o tempo, que ganhe o tempo que eu perdi achando que estava construindo o tempo de nós dois.Aceito não revelar nossos segredos e deixo em paz o passado. Bem vindo ao meu mundo real.
Voltei ao tempo procurando o que já foi querido e assim me dou conta de como estou em falta com o meu querer. Prometo cada beijo dado ser guardado e que o esboço do meu sorriso é a futura história da nossa vontade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Retrospectiva de um ano que não terminou...

Relembrar, reviver...se refazer.
Paciência...paciência é isso que escuto a todo tempo, é isso que pedem a todo momento.

Doze meses já se passaram. O que realmente valeu a pena?
De onde vem essa calma que pouco a pouco me consome e me diz: paciência?
Chegou a madrugada para me acordar dos sonhos loucos que vivo.
Chega de adeus, chega de saudade.
Ano de caminhos tortuosos, de obstaculos criados por mim mesma. Ano de beijos dados, de beijos esquecidos, de beijos calados. Este ano pede pontos finais, sem reticencias, sem virgulas.
Este ano pede para terminar histórias, romper-se laços e quebrar paradigmas.
Tem sido, sem pretenção de ser, um ano sem igual, sem comparação.
Sobrou tanta coisa para se dizer...
Chega a hora de fechar agendas antigas e de parar de andar em circulos.
A solidão invadiu e me fez descobrir o que a tempos eu finjo não ver...gosto de gostar.
A doença chegou, mostrou que meu porto seguro se abala também...Me fez ver de onde vem a força e quem é que me dá chão quando eu não tenho aonde pousar.
Vou colecionar esse ano em retratos de brigas internas, de descobertas e principalmente por ter sido um ano meu...Minhas dores, meus amores, meus desamores, meus aprendizados, meus ensinamentos.
Falta pouco para acabar um ano que durou uma eternidade...
Que todos os desencontros que tive sirvam para um grande encontro. Que a minha saudade não seja mais frágil a ponto de não ser controlada.
Começo lentamente a me despedir de histórias já sem peso e com pesar digo adeus a decisões que me pesaram na alma.
Ah ano bom, ano que parece não ter fim e que mesmo assim poe fim em tanta coisa. Ano de começos e de certezas. Tenho a certeza de muita coisa que antes eu escondia e como é bom poder decidir o que quero e como quero.
Este ano me pediu paciencia e me mostrou que o tempo refaz o que se desfez...Calma, que se encontra o que se perdeu...que volta o que se foi. Novas tatuagens marcadas na lembrança e cicatrizes feitas no meu querer. Ano meu, não acabe não porque eu ainda tenho planos demais para nós dois...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Trechos da caixinha de lembranças

O garoto trazia consigo um pequeno embrulho e não tardou muito para que a menina se desse conta de que essa seria a última vez que se veriam. Se olharam pela última vez para gravar cada marca e cada sensação que um causava no outro. Não trocaram palavras muito menos promessas. Beijaram-se suavemente selando o ponto final de um romance prematuro.
Ela guardaria aquele beijo como um dos melhores sabores já provados por sua boca e ele a levaria junto com toda a saudade que guardava consigo.
Sem dizer tchau, ele sumiu pela rua vazia de dezembro e ela ficou sentada nos degraus de despedida com o pequeno embrulho em suas mãos. Uma fina garoa começou a cair desmanchando os cachos dourados da menina que sentia o coração pequeno demais para tanto gostar. Dora Dourada com seu fucinho gelado a trouxe novamente para a realidade e com sua companhia sempre fiel a acolheu em seu silêncio cheio de sentimentos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Qual foi a maior dificuldade de vocês nesse exercício?
Perguntou a atenta professora.
Sem pensar respondi que o que me atrapalha são os outros, pois me sinto invadida...
Cheguei em casa e não consegui dormir. As palavras ficavam fazendo bagunça no meu pensamento.
Não, o outro não me atrapalha. Acontece que me perco facilmente e é difícil eu conseguir me encontrar.
Para escrever consigo acessar o sentimento, mas na pratica do amor eu não sei nada. Sei das vontades dos outros e o que provoco em você. Mas não consigo entender o que provoco em mim mesma e da minha vontade sei muito pouco ou na verdade sei muito e fujo dela...
Se eu fizesse tudo que tenho vontade? Eu me perderia ou finalmente me encontraria?
Sou boa na busca das desculpas para provar que o que eu quero é passageiro.
Tudo em mim é querer. Meu corpo pede o tempo todo...e eu nunca mato a sede do que quero.
Deixo marcas na areia que facilmente desaparecem e sou marcada constantemente sem que o outro saiba.
Meu primeiro beijo foi teu.
Foi na chuva sem a pretenção de ser inesquecível.
Foi guardado sem pedir para ser lembrado.
Segue seu destino então sem aperto no peito.
Que a nossa história virou lenda pra ser contada para os apaixonados que buscam inspiração.
Se escapou o que não estava em minhas mãos.
Era livre o que estava preso na garganta com medo de ser solto.
Nesse mundo carrossel que gira, gira e não me leva a lugar nenhum meu corpo pede mais alma.
Quero ser a única que te faz perder o sono.

Não me venha com teorias de paixão. Elas não sobrevivem ao que eu sinto.
Deixe-me morder sua boca e procurar novas formas em seu corpo.
Sei a diferença entre ser desejada e ser amada e ambas formas de querer me fascinam.
Gosto de gente que tem segredos porque adoro desvenda-los.
Me desculpe a falta de romantismo, mas estou cansada dessas histórias de amores que não se concretizam. Deixa fluir...deixa vir!
Depois veremos o que vai acontecer.
Certos momentos são meu segredo.
Ah meu coração! Seria possível você não acelerar tanto quando ele volta?
Existe uma diferença, uma sutil diferença entre elas e eu...
Você já gostou tanto de alguém que quis guarda-la dentro de um potinho?
Eu já guardei...mas o potinho ficou pequeno pra guardar gente grande demais e escapou.
Eu não sirvo pra ser uma opção sou  escolha.
Menina, se você quer esquecer um menino, nada melhor que um homem.
Menino, se você quer entender uma mulher, nada melhor que conhecer uma menina.
Eu poderia gritar, mas o que acontece em silêncio aqui dentro de mim é mais forte que qualquer palavra.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

As canções da vida guardam cenas do filme da minha história.
São trechos que representam segundos de se perder o fólego. Quais músicas marcaram sua vida?
Qual a canção que você leva dentro de si?
Que música embala a sua manhã e qual te faz dormir?
É na cadência de um samba que encontro a alegria e a dor de ser o que sou.
É do ritmo lento das minhas canções apaixonadas que vem a pressa de se viver o que sinto.
Danço no acorde desafinado do violão que ainda não encontrou o compasso certo a seguir.
Danço na dança da solidão acompanhada de tanta gente também solitária.
Toca aquela música que me faz tocar e ser tocada. Faz do som o seu carinho e faz de mim a sua música.
Escute a música do meu sussurrar em seu ouvido se seja meu instrumento de afinação.
Troque de trilha sonora, mas saiba qual é aquela que mexe com você.
Minhas fases são marcadas por ritmos diversos que encontram a forma de se transformar em um carnaval de sensações.
Minha dor eu danço ao som de um tango de melancolia e saudade. Minha felicidade também.
Quais os instrumentos necessários para a nossa canção? Que seja do batuque do coração, da afinação da voz rouca, da sensibilidade da pele tocada pela primeira vez e principamente da mistura sua e minha.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Me veio, de repente, sem querer uma melancolia que é só minha.
Eu não quero machucar ninguém
Mas eu sei que vou...e eu sinto muito. Sinto muito por não ser aquilo que você esperava que eu fosse e sinto mais ainda por não ter aguentado.
Eu sei o quanto eu quis e o quanto você foi o que eu sempre esperei. Por que eu não posso te esperar mais?
Não é culpa. É um medo de te esquecer...Eu não quero isso.
Eu te entendo...mas você nunca vai me entender.
Subtamente apareceu o que nunca deixei ir embora, confundindo o que já estava acostumado a ser confuso.
Pode-se ficar só com a essencia?
O que eu preciso é da sensação de uma segunda de feriado após um final de semana sem igual.
Não são encontros que recebo da vida, são batidas violentas. É o principio da ironia que me rodeia.
Tanta coisa que você nunca vai saber...
Não é isso, não é nada disso! Tanta coisa que não importa tentar explicar...
Busco histórias da onde não sairá realidade. Gosto por gostar, sem precisar e sem receber.
Quem sabe..duas palavras que prendem a um talvez que não existirá.
Existem seres especiais e eu encontro em tanta gente algo que é sem igual que não é justo eu guardar só para mim.
Guardar o tempo do momento, é disso que preciso. Eu só combino a distância, de perto eu sou esboço da pintura que imaginam que sou. Fique com esta pintura, mostre essa imagem do que eu não sou e do que nunca serei. Se é disso que se precisa eu entrego, não me faz falta, não me faz humana.
Sou abstrata e interpretam de mim o reflexo do que vocês são.
Não dou certo porque sou errada. Não sou sua, não sou dele, não sou daquele porque ainda não sou minha.
Tirem minha máscara ela só me traz mais gente mascarada.
Se eu gostei de você? Gostei. Se te assusta essa resposta não vejo o porque da pergunta.
Tenho um apetite voraz que não estou disposta a saciar com água com açúcar.
E agora doutor? Dê o diagnóstico do que sinto e me cure da sensação de não conseguir não sentir.
Feche os olhos, se é apenas a imagem que vem a sua mente então deixe. Quando fecho os meus não vejo nada, sinto e é por isso que sinto muito.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Quando faltam as palavras.
Quando o meu silêncio ocupa um espaço que nunca me pertenceu.
Quando a gente acorda sem saber o que aconteceu, mas sabe o que sentiu.
Quando a realidade encontra a minha fantasia, a gente escolhe o que guardar.
A vertigem que sinto não é medo de cair é vontade de voar.
De quanta coisa você está disposto a perder?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E o mês de dezembro chegou...trazendo com ele tantas despedidas e promessas não cumpridas.
Não, ainda não é tempo de se fazer uma retrospectiva do ano que passa tão depressa. Ainda é tempo de resgatar nas sua lista de promessas o que ficou esquecido.
Ainda dá tempo!
Dezembro mês dos terminos, meu coraçãozinho já não aguenta mais tanta despedida. Será que dá para ficar só mais um pouquinho para assim não acabar?
É muito final junto, justo para mim que não sabe usar o ponto final.
Quantas surpresas esse ano ainda me trará? Quantos amores ainda virão e quantos reaparecerão?
Um mês é muito pouco para riscar da minha lista de promessas de ano novo tudo o que eu queria ter feito.
É final de aula, é despedida de amigos, de alunos, de personagens.
É tempo de finalizar amores inventados, romances não vividos e paixões adormecidas...
É hora de voltar com o que ficou para depois. É hora de se ter saudade do que ficou no passado.
Ah tempo, dê um tempo com as despedidas. Me faça perder o medo de te perder e me ganhe com essas longas esperas que me fazem tanto te contemplar.
Dê cá um abraço apertado, uma carta, um beijo, uma flor.
É hora de montar a árvore de Natal, é tempo de contemplar a cidade toda iluminada.
Deixa eu contar tudo o que eu perdi e ganhei. Deixa eu me perder e venha me ganhar.
Dezembro nostalgico, cruel em suas despedidas forçadas...Traga-me a doçura de ser o último, me dê a esperança do recomeço.
Posso ficar um pouquinho mais? Você me dá tempo para eu ter mais tempo de me despedir?
Tenho a pressa do inacabado pedindo um ponto final.

domingo, 27 de novembro de 2011

Boa Noite.
Ah meu amor...meu grande amor! Diz um homem que vive da nostalgia daquilo que um dia foi uma grande paixão, ou melhor, uma história de amor.
Olho para aquele rosto cansado do tempo e ressentido de suas escolhas. Como viver dói e como relembrar machuca.
A vida é feita de escolhas e ao olha-lo vejo que suas escolhas o levaram para um caminho solitário. "Ela era bonita né?" Será que só agora ele percebe a beleza que ela trazia a sua vida?
É estranho ver fotos antigas, é raro o momento de não controlar um sentir que não passa.
Será que um dia eu vou olhar para trás e ver caminhos que eu não escolhi sendo a minha melhor opção para o agora?
Aos garotos da minha vida, aos que eu já vivi e aos que eu ainda não conheci...
Não é justo não sentir, não é correto não viver e é cruel fugir.
Falta um tempero doce na mistura de ingredientes que fazem os beijos se tornarem inesquecíveis.
Falta tanta demora na minha janela e sobra, sobra o que eu aprendi.
Aos que me esqueceram e aos que eu nunca esqueci. Aos que me deixaram com gostinho de quero mais e aos que me fizeram dizer nunca mais.
Para aquele que me contornou com uma rosa e para todos aqueles que me machucaram com seus espinhos.
Existe uma trilha sonora para a noite e é nela que vocês dançam em meus pensamentos.
Falta a música certa para ser assoviada da porta de entrada. Sobra gente perdida querendo muito e sentindo pouco.
Ao meu menino que caminha pela praia descalço pisando na areia. O caminho é longo e eu não me canso de caminhar.
Que seja o que tem que ser para depois eu não me arrepender.
Que na mistura em que eu me encontro você possa se achar e se perder e se ver novamente.
Qual o horário do dia que você menos gosta?
O final da tarde. Porque eu fico esperando ele entrar novamente por aquela porta e ele não entra.
Mas eu sei que no nosso próximo encontro quem vai entrar por aquela porta sou eu e então vou perceber que quem sempre me esperou foi ele.
Que a saudade não devore porque é dela que vem a lembrança da eternidade.

sábado, 26 de novembro de 2011

Devo estar no lugar errado ou na hora errada...
Simplesmente tem algo que não encaixa. Desculpa se te peço desculpas, mas essa é a forma que eu encontro de me explicar.
Por que não ir até lá e beijar quem se tem vontade? Acredito na sutil diferença de atitudes. Não quero ser igual as outras, não quero tornar banal o que para mim é especial e isso define a minha forma de agir. Eu posso tornar tudo mais fácil e tropeçar na minha vontade. Mas o que é que eu posso fazer? O choque da pele reconhecendo o toque da outra pele para mim ainda é vital. Talvez seja uma romantica incorrigível, ou pode ser que eu apenas espere mais, mais verdade, vontade, desejo.
Não entendo, mas aceito esse jeito de ser. Como perceber o limite invisível que separa a brincadeira da paixão?
Deixo solto, não cobro porque o que é meu é meu...e essa história é minha, construo com quem quer construir e por que não, com quem quer destruir. É distruindo o que eu pensava que sentia que consigo construir algo maior ainda.
Não entendo esse desejo separado de tudo, avulso, até ao nosso próprio querer...Te quero bem e isso basta. Pode ser perto, longe, apaixonado, distante. Te quero igual. Não há ninguém que mude isso. A não ser eu mesma. Só eu posso mudar minha história e apenas nós dois podemos mexer na nossa. Não há espaço para outro alguém.
Os segundos de prazer e felicidade não compensam os dias de sofrimento em vão. A gente tem a estúpida idealização que consegue apagar o que não deveria ser apagado. Não, eu não apago o que não me faz bem. Se não me faz bem não serve. Se não serve eu não quero e se eu não quero...não me procure. É simples, é racional e deveria funcionar se a gente quisesse que funcionasse.
Cansei de procurar romance de onde não vai sair nem filme de ação.
É tudo mais fácil quando a gente descobre o lugar da onde vem o beijo que a gente precisa. Por favor, não queira mudar isso em mim. Eu não consigo querer por querer e não quero escolher nem ser escolhida. Quero o encontro. Eu faço o momento não é ele que me faz.
Entenda que eu nunca serei igual. Você pode ir, provar. Quando você voltar estarei aqui, independentemente do que você fez ou experimentou. Eu sigo vivendo e continuo mudando. Não em função do que você faz, mas do que sinto e o que sinto é que muito não é o bastante. Eu quero ser o lugar onde você encontra sua liberdade. Gosto de você no seu mundo, no meu mundo ou em qualquer mundo. Não quero mais parar pela metade. Não quero ser metade, muito menos ser a tua metade. Quero ser seu todo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sou louca, ciumenta, confusa, esquisita e contraditória. Mas principalmente sou ciumenta...
Não cabe mais nessa sociedade caixinhas entituladas.
Sou contradição e não confio em quem não é contraditório.
Diga que você não me quer e eu te mostro as marcas que eu deixei em você. Sou brisa e ventania e não me contento em não sentir o que sinto.
Meus olhos me traem. Mas eu não aceito a tua traição.
Gosto da ressaca que o seu beijo provoca em meu corpo.
Sou explosiva, inquieta, pegajosa e briguenta. É isso que você terá. Não tenho manual de intrução e não sou peça para ser montada nem barro para ser moldada.
Não entendo o beijo dado sem frio na barriga e a vontade que passa tão depressa.
Homem tem que ser homem, não pode ser metade. Tem que vir inteiro e me querer por inteiro. Não apenas as metades que lhe interessam.
Sou de entender, aliás entendo. Mas não aceito.
É preciso que exista, sem pensar, nem programar, a cumplicidade das bocas fechadas e dos olhares atentos.
Gosto de homem que despe com o olhar. Que sem planejar é doce e sabe o momento exato de trair a sua doçura.
Tem que ganhar nos detalhes, não nas atitudes desmedidas que sinceramente não me impressionam.
Gosto de rosas, principalmente as vermelhas e não acho que existam os principes encantados, mas ainda acredito no encanto. Já presenciei o desencanto e já descobri que alguns trazem o dom de iludir. Posso ser inconstante, mas não mudo o que sinto.
Vem me dizer onde é que está o feitiço que te prende. Se eu fosse o tempo tua será que ainda existiria paixão?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Será que você conseguiria achar que me esqueceu e mesmo depois de muito tempo, mesmo sem saber, continuar gostando?
Qual é seu primeiro pensamento quando acorda? Como é bom acordar e sem saber porque você vir a tona trazendo uma vontade louca de dormir só mais um pouquinho pra poder sonhar novamente com você.
Desde pequena eu trago no olhar essa fantasia de sonhar.
Me perguntaram porque eu não dou uma chance. Chance pra que? Eu vivo da paixão, se estão me oferecendo outro combustível para viver, deixo claro que é deste que eu gosto. E quando me dizem que a paixão se transforma em outra coisa ao longo do tempo eu digo que o tempo então me mata ou eu mato o tempo. É dos segundos de paixão que gosto e me alimento. Esses segundos podem durar segundos, meses e porque não, anos.
O dia em que eu não sentir borboletas no estômago é porque o tempo tirou um pedacinho de mim e deixou no lugar o vazio que só se preenche com uma nova paixão.
Tenho a minha maneira e muitas vezes pode parecer que estou perdendo tempo não concretizando o meu querer. É que algumas vezes gosto tanto que tenho medo que acabe o que sinto!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mais uma vez direi que nunca amei tanto em minha vida.
Irei me perfumar e me arrumar para esperar encontrar.
Pois embora a saudade me faça adoecer e a lembrança me machuque. Não existe nada melhor do que recomeçar.
E a cada volta sinto reviver o que adormeceu, sinto estremecer um corpo que já não ousava se mexer.
Deixo solto, livre o que já não cabe em mim. Eu vou mas eu volto. Transformo a saudade em algo banal. Trago cor para o branco e preto.
Eu não esqueço, não troco, não comparo. Apenas mudo!
Mudo de gostar, de olhar, de vontade.
Não, eu não quero começar...quero continuar! Quero continuar da conversa que parei e do beijo que escapou do toque dos meus lábios.
Por isso eu te peço: Venha, fique, vire o meu mundo de cabeça para baixo, me desafie, me mostre que eu estou errada e que eu perdi tempo demais procurando nos outros o que você sempre soube que eu só encontraria em você.
Chegue, desvende meu manual de instruções, me arranque do conforto, me tire do sério. Acabe com meu tédio. Estou com vontade de não passar mais vontade.
Sente-se na minha frente me observe enquanto eu finjo não notar. Cruze seus olhos nos meus que eu te conto um segredo...Com você eu fico e chuto todas as pedras do caminho.
Noite, por favor não chegue...você trás a saudade. O certo seria proibir renunciar o que se deseja.
Eu te mando todos os sinais. Sem pressa, sem correria. Faça acontecer que eu te mostro como vale a pena!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Certas coisas acontecem sem querer...Não sou e nem quero ser de muitos. Quero poucos e que estes poucos me façam perder o folego. Meu coração é solitário. Não é de ninguém, nem mesmo meu. A todo instante o perco em pessoas que me conquistam sem perceber.
Sou livre e contraditoriamente presa em tudo que me faz sentir.
Acordei com uma saudade que é só sua. Tento controlar tudo que sinto, mas sem querer acabo sempre voltando para você. Como é que eu pude me perder ? Não me peça para jogar fogar fora o que eu sinto. Eu só quero a verdade e você pensa em não me machucar...
Tanto faz...só sei que algo em seu olhar está me chamando.
Se essa fosse a última vez que eu fosse escrever o que eu deixaria marcado?
Pensamentos soltos que buscam formas de encontrar explicações para o que já não tem mais remédio.
Passe o tempo que passar a gente pode se perder no meio da multidão, mas se me procurar vai me encontrar. Eu sei guardar o que sinto e meu silêncio espera o momento de deixar minha voz rouca falar coisas que só você pode escutar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Começar de novo. É preciso me desfazer...Criar coragem de me esvaziar para me preencher novamente.
Não sou quem sou. Dentro de mim habitam milhares de seres prontos para a vir a tona a qualquer momento.
As paredes de meu corpo me limitam a viver um cotidiano que faz com que as horas passem como segundos. Todo os dias vejo as mesmas coisas e sinto que a liberdade só será alcançada quando eu descobrir quem sou. Ou talvez ao descobrir quem sou eu fique livre.
Só sei que tem despertado pouco a pouco algo adormecido faz muito tempo dentro de mim e não tem nada a ver com algo ou alguém. Sou eu, eu mesma e mais ninguém.
Dspedidas doem, mas dão espaço para novos encontros. É desse morrer e nascer que vivemos a todo instante. A cada inspiro que damos nascemos e quando expiramos morremos novamente. Essa é a regra da vida...e é a única coisa inevitável. A única certeza que tenho é esse momento e ele eternizo com palavras que descrevem sentimentos que bagunçam meu pensar.
Somos um poço de desejos contraditórios. Qual é seu maior desejo?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

As vezes me da saudade. Mas não é uma saudade sofrida. É com um sorriso no rosto e com o coração apertado que me lembro de como foi gostoso te querer. De como era bom te esperar e de como me completa saber de você. Vem sem querer uma saudade das noites de mensagens e da cumplicidade construida pela vontade de fazer parte um do outro.
O meu desejo já foi ser imortal em seus pensamentos. Hoje eu só quero que o tempo não me faça esquecer do frio na barriga que sentia e que me deixe guardar o que foi bom. E como foi bom dormir e acordar sabendo que estavamos construindo uma história que parecia não ter fim.
Guardei o segredo de que te queria a todo instante e hoje percebo o quanto era evidente minha vontade.
Não acredito em despedidas e vejo que minha escolha talvez não tenha sido a certa.. Entre a dor e o nada escolhi ficar vazia.
E foi no vazio do meu sentir que pude me preencher de um novo querer. Foi percebendo o quanto eu sentia sua falta que percebi que não me contento só com o que passou e que a saudade não alimenta meu gostar.
Hoje descobri um novo olhar e um sorriso diferente veio encontrar o meu e sem querer eu prendi a respiração. Te busquei na esperança de não ter fim. Mas sem querer as reticências foram desaparecendo  e viraram ponto final.
A partir de agora e para sempre quero bocas murmurando enquanto se buscam na tentativa de provar o novo gosto desse querer.
Hoje

domingo, 16 de outubro de 2011

O que você quer ser quando crescer?
Quero ser sua...
Foi assim que souberam que estavam predestinados a ficarem juntos para sempre.
Será que realmente existe essa história de destino? Se existe será que quando a gente insiste e persiste em algo é  o destino ou estamos desafiando ele?
Uma menina com lágrimas nos olhos me perguntou como se faz para esquecer. Respondi com outra pergunta. "Você quer realmente esquecer?"
Tirar da cabeça é fácil, basta querer. Procure apenas não pensar. Mas cuidado que o coração prega peças. Faz a gente pensar que já temos todas as feridas cicatrizadas e de repente sem pedir licença, os sentimentos que pareciam ter desaparecido deixam evidente que estavam apenas escondidos em algum canto da saudade adormecida.
Se durante o dia consigo me disvencilhar de pensamentos que me levam a lugares que não posso estar, a noite parece ser cruel e me faz sonhar com que, o tempo, já deixou claro que não vai se concretizar.
Do que você sente saudade?
Das histórias que já viveu ou das histórias que nunca viverá? Como é confusa a mente das pessoas inquietas...
Vivo pela metade tudo que sinto. Digo pela metade porque a outra parte não está comigo.
Tenho medo das minhas escolhas...
Escolha o que quiser...Sonhe com o que tiver vontade porque eu sempre estarei aqui, não importa sua escolha.
Foi assim que se deram conta de que um laço invisível os unia.
Cansei de procurar no chão, sendo que só consigo olhar o céu. O que marca a distância? Os kms que nos separam ou os pensamentos que já não são mais compartilhados?
O que significa significar tanto para alguém?
Acho que o destino e o acaso ficam brincando de bagunçar meus caminhos. Existem formas de se matar a vontade, mas não há fórmula para se conter o desejo.
A paixão faz parte da loucura ou é a loucura que faz parte da paixão?
Um gesto de ternura desmonta e o sorriso desajeitado me confunde entre a vontade de corresponder ou o desejo de não me envolver.
Fomos descobertos pela luz da manhã que já não é cumplice da nossa vontade. O que escrevo pode se perder com o tempo, mas o que sinto encontra formas de virar tatuagem em meu corpo.
Você não gosta do meu ponto de vista, mas o que posso fazer? Eu não fui feita para ser aceita. Eu não sei de tudo que sei. Sou eu, eu mesma e mais ninguém. Na calada da noite percebo que o que é externo não me interessa. Ser forte não adianta era preciso ser de pedra e de pedra sei que não sou.
Não tenho molde e nem podem me moldar.
Cade aquelas flores e promessas? Esse é um mundo selvagem e eu sempre vou te lembrar disso.
Eu não sou daqui...não sou de lugar nenhum e também não sou de alguém.
Sou capaz de transformar minha dor em poesia. Um instante é muito pouco tempo para tudo que quero abraçar.
Tenho medo dessa segurança comoda que me amputa a alma. Queria não ter laços e viver sem rumo. O meu instinto é arisco. Se espero muito pelo momento deixo ele escapar.
Quer mais solidão do que esses corredores silenciosos?
Eu dou a chance, eu mostro o momento, mas eu não tenho culpa de o que o que eu preciso ninguém pode me dar.
É por medo de se perder que se perde e é por ter tanto a dizer que se cala.
Eu só peço para acreditar que meu destino eu mesma faço.
Grito palavras que tenho medo de nunca mais serem ditas. Será que vou esquecer o que sinto quando pronuncio seu nome? E se amanhã não chegar...será que vou ter espaço para guardar tanta lembrança?
Tire isso da cabeça e volte a contemplar as estrelas. O que você quer ainda não achou. Se tivesse achado não teria abandonado. Já é hora de assumir que nada te satisfaz.
Quando recebi o e mail dizendo que seria a paraninfo de uma das salas que se forma esse ano, não pude conter a emoção. O que toca o coração do futuro? Não sei explicar ao certo o que vejo nos diversos rostos que me olham com atenção, ou não, nas manhãs de espectativas, frustações, risadas e criações.
Sei que o trabalho de um professor não acaba quando bate o sinal que alivia o momento de espera das crianças que querem correr livremente pelo pátio em que um dia eu também corri. Quando todas aqueles olhos que tanto gosto de decifrar me deixam na sala vazia fico a pensar em todas as informações que recebi e fico com medo. Tenho medo de me acostumar a esses olhares e não conseguir mais tentar entende-los.
Como ser o professor amigo e não o amigo professor? Como estabelecer um limite quase imperceptivel com os alunos? Não sei fazer isso. E será que deve existir tal limite? Digo o limite de envolvimento, porque sinceramente não me digam que o professor não pode se envolver porque para mim isso é tirar a vida de quem leciona.
Cresci muito próxima ao ambiente escolar, ainda hoje vejo tão próximo de mim minha avó que ainda tem saudade de sua época como educadora.
O fato de estar tão próxima dos meus alunos me dá o privilégio ou talvez o peso de saber demais sobre cada um deles e embora eu finja que o que eles me contam não choca, choca e muito. Imagino cada um deles como um filho que deixo solto no mundo pronto para viver as inumeras experiencias da vida, mas que com receio sei que muitos não vão voltar a me procurar.
Drogas, amores, rebeldias fazem parte da vida de qualquer adolescente, mas como fazer com que isso seja apenas passageiro e não deixe marcas tão grotescas em suas histórias?
Não, falar não adianta. As vezes quando falo sobre assuntos que embora sejam trabalhados constantemente nas escolas ainda seguem sendo tabus, sinto-me uma velha dando sermões e não uma mulher de 23 anos que recentemente passou pelas mesmas aflições destes adultos prematuros.
O jeito é mostrar, e ai entram minhas aulas. Não sou pedagoga e tão pouco tenho a pretenção de ser. Também não sou terapeuta e sei que me faltam estudos para lidar com a demanda de sentimentos que são atiradas em minhas aulas. O fato é que gosto de criar um refúgio distante do mundo que pede tanto o tempo todo. Em uma hora é difícil dar a atenção que gostaria de dar.
O teatro busca a forma de expressão e quanto a isso meus alunos não deixam a desejar a todo momento se expressam, gritam euforicos ou choram desconsoladamente. Cada um da sua forma está o tempo todo querendo dizer algo. Tem aquele mais quietinho que não se manifesta nunca, mas que pelo olhar doce sei o quanto diz e tem aquele mais extravagante que grita, quer ser o centro das atenções e do mundo. Para todos eles há um espaço nas aulas que muitas vezes são turbulentas.
O fato de conhecer muitos deles desde pequenos e ve-los agora escolhendo rumos que eu não seguiria para suas vidas me assusta. Sofro calada as mudanças que vejo transformarem olhares doces em olhares de rebeldia ou apatia. O engraçado é que me identifico de modo particular com cada um deles. Me comovem as aflições e diversas vezes me misturo de tal forma com eles que chego a me perder.
Existe em cada um deles um professor pronto para me dar uma aula de vida e me mostrar o quanto me falta entender, principalmente sobre meus próprios sentimentos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O tempo anda querendo dar um tempo...
Eu gosto é desse jeito. Quando a gente acha que não vai mais dar certo volta a sentir borboletas no estômago. Minha vida tem trilha sonora. Escolho a melodia que me inspira a viver histórias. Nelas encontro momentos guardados em nós dois.
É impressionante como a caixinha da saudade fica bagunçada quando escuto músicas que me fizeram companhia nas minhas noites de espera.
Escrevo para juntas meus pedaços espalhados nas diversas pessoas que atravessam meu futuro. Não escrevo para ninguém, escrevo para mim.
Crio personagens e troco de papeis constantemente. Se ontem era beijada, hoje beijo. Se ontem era desejada, hoje desejo.
Se meu destino é andar na contramão não me importo. É indo no caminho oposto ao da multidão que consigo olhar nos olhos das pessoas.
Sou um livro aberto e estou parada no cápitulo que você deixou de ler. Era isso que você queria ouvir? Que não importa da onde paramos, nem o caminho que escolhemos essa história ainda não acabou?
Vou me perdendo em outros olhares conhecendo novas formas de gostar, mas ainda tenho meus desejos e planos. Junto o passado, presente e futuro e brinco de criar histórias secretas. Não quero ser lembrança do passado de ninguém.
Quando achar que não vai mais dar certo esse será o momento em que eu estarei novamente por perto.
Queria poder guardar o momento exato em que tudo muda. Quando a mão que antes era apenas uma mão passa a ser o mair desejo da pele.
O que acontece na fração de segundos em que de repende a gente prende a respiração e percebe que já não existe mais brincadeira?
Não quero sorriso, nem tão pouco olhares. Quero sentir a boca que sorri e entender o que tanto vê em mim que eu não consigo enxergar. Misturas meus sentidos e me perder na contradição de um jogo que ainda não acabou. Tudo para mim não basta. Eu quero ainda mais. Quero absurdos! Quero o tempo que o tempo tem tirado da gente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

É assim que funciono ou sinto tudo ou não sinto nada. Liberdade liberdade, vem me buscar!
Eu e a vida vivemos brigando. Ela espera muito mais de mim e eu espero demais dela. E nesta luta para ver quem vence eu sinto que sempre saiu perdendo. Quero plantar carinho na sua história. Pode ser para sempre, pode ser só agora não importa, mas que aconteça...Pra mim é tudo tão claro, mas eu busco nos outros a aceitação para as minhas vontades. Acontece que elas não tem explicação e eu me perco na tentativa de tentar entender o que o outro quer me dizer quando diz que eu não quero nada.
Essa minha mania de dominar o que sinto me faz perder o que eu mais gosto, sentir.
Me olho no espelho e vejo uma mulher, mas na sua frente sou uma menina pedindo loucamente para que me ajude a crescer.
Outro dia uma dessas pessoas que parece ter a chave do meu destino cruzou o meu caminho sem que eu quisesse ou esperasse. O problema é que eu troco de fechadura a todo instante e quem ontem me tinha nas mãos hoje se perdeu no meu passado.
Viro para trás e lá está ele esperando para que eu volte e lhe de um beijo. Ah, se você soubesse que eu não vou  voltar ainda sim esperaria para  ver eu entrar novamente em meu mundo no qual você não faz parte?
Tenho fases, fases de precisar desesperadamente de alguém e fases em que sozinha me basto.
Eu escuto promessas de quem me quer, mas eu não me sustento de palavras. Gosto de gestos doces e fortes, de olhares meigos e avassaladores e principalmente adoro o compromisso que assumo comigo mesma quando digo que é de você que eu gosto e é com você que quero ficar.
Se antes eu me apegava no depois hoje o que eu quero é a experiência do agora. Deixa eu entrar em você por algum tempo. Eu não sou de pedir, mas é que eu preciso chegar aonde ainda ninguém chegou.
Sempre me dizem que escolho as pessoas erradas, quem sabe sejam elas as que mais me façam acertar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sempre fica muito por dizer. Já perdi as contas das vezes que calei quando tinha muito para falar. Quanto mais eu sinto menos eu falo. O mundo é cruel e injusto e me faz despedir de pessoas que não estou pronta para deixar.
Crescer doi. Principalmente quando as mudanças são impostas.
O que se faz quando seu sofrimento vai fazer o outro sofrer ainda mais?
Sou um porto seguro de areia e desmorono facilmente. Quando me disseram que era preciso amar como se não houvesse o amanhã se esqueceram que eu amo muito hoje e que amanhã amarei ainda mais. Então, por favor, não me tirem o futuro ao lado de quem eu quero bem.
Não, eu não vou me despedir de ninguém. Eu aprendi a sambar com música clássica, a sorrir quando se quer chorar e a me esconder quando sofro.
Acontece que nessa brincadeira de esconde esconde a vida tem me achado sempre fazendo com que eu encare meu maior medo, crescer.
Existem olhos que a gente não esquece, companhias insubstituiveis e perfumes inconfundiveis.
Não, ninguém vai levar o que é meu. Minhas lembranças, minhas histórias. Tempo me deixe em paz, saudade vá dormir...
Eu seguro minhas lágrimas para não mostrar o que estou sentindo. Não é fácil me fazer chorar. Lua guarde minhas lembranças. O tempo da inocencia passou...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Entenderam tudo quando não havia mais nada para entender.
"Você não quer ficar aqui um pouquinhos mais?" Dizem os olhos serenos de alguém que não sabe se despedir.
Noite enluarada, lua prateada. A cada suspiro que dá está pensando nele.
Noite escura como o esquecimento. A cada beijo que dá ele vai desaparecendo.
Ajude-a a não esquecer. Por favor, não a faça lembrar.
Se desse para voltar ao tempo, o que eles mudariam?
Se ele soubesse que seria dessa forma? Ele ainda se apaixonaria por ela?
Deram-se conta, um dia, que a despedida já estava marcada.
Juntou os pedaços que restavam, mas pouco a pouco sua imagem foi se perdendo.
"Eu gosto de você" diz um sorriso feito de brilhos nos olhos.
"Você não sabe como eu sou" respondem lábios finos de amargura.
Escute suas palavras! Mas ele não escuta...
"Eu vou mudar você" e lhe beija. "Pode se sentir segura" e lhe dá a mão.
Ele acha que ela é tudo que ele precisa. Ela sabe que ele não precisa de nada.
As palavras morreram entre eles. Ela só pede "Esqueça!"
Ela gosta do passado. Ele quer o presente.
Ele se confunde no desejo. A certeza dela doi.
"Vá embora!" Ele se vira e vai...
"Espera" Pedem olhos amedrontados de menina que não cresceu. "Me espera adormecer..."
Como se faz para se despedir? Ela vai deixa-lo outra vez.
Como se faz para esquecer? Ele vai troca-la outra vez.
Ela quer correr riscos e ele já não é mais perigo.
Ele quer desejos e ela já não é mais vontade.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Toda vez que fujo de algo eu prometo a mim mesma que será a última vez, que da próxima vez vai ser diferente.
O fato é que vivo sempre pensando na próxima vez e quando ela chega eu já estou fugindo novamente...Eu não me levo a sério.
O "quase" alimenta uma vontade que é incerta. O "talvez" me dá tempo de pensar, mas se penso não faço.
Perco coisas a todo instante e não me dou conta. Deixo escorrer pelas minhas mãos momentos. Sinceramente? O que eu realmente tenho não perco e é por isso que quando me perguntam sobre você tenho a resposta já guardada " Não foi, não é, mas sempre será".
Não espere nada de mim, não sei lidar com a pressão de ter alguém ao meu lado. Não venha me pedir nada, certas coisas não se pedem. Eu não quero machucar ninguém! Sinto muito, com calma, talvez você entenda.
Gosto daquilo que não tem truque, das palavras ditas sem pensar. Não suporto jogos de sedução decadentes. Seja original! Algumas palavras estão fora de moda e não gosto do que todo mundo gosta. Não é que eu queria ser diferente, apenas não quero ser tratada igual.
Por que você não desiste? Eu não quero ser motivo da sua espera. Tome cuidado comigo, sou cruel e egoista. Quero porque quero não porque gosto. Se te digo que amanhã será pode ter certeza de que quando este dia chegar eu não estarei mais lá.
Aprendi a vir sem pedir e a ir embora sem me despedir.
Me conte tudo sobre sua vida. Quero saber do que você gosta e de quem você gosta. No meio de suas histórias eu vou encontrar um lugar para me encaixar.
Eu vou aparecer quando você menos esperar e te fazer provar do que você nunca terá. A distância não vai me impedir de te encontrar.
Me olhe do jeito que só você sabe, desvende o que meu corpo quer te dizer e me faça acordar sem saber se estou em um sonho.
Tenho minha maneira de querer e meu jeito próprio de conseguir. Então,é assim, vou ser aquela música que trás saudade quando toca, só não sorria se não eu caiu em contradição. Foi engano seu achar que fosse brincadeira eu não sou criança para brincar de faz de conta. Gosto de viver outras vidas e o que eu mais quero é viver você...

sábado, 10 de setembro de 2011

Sinto falta de viver em Buenos Aires. Das ruas sempre cheias de gente e do cheiro caracteristico de um pais que me recebeu muito bem.
Hoje para matar a saudade de ser mais uma pessoa na multidao fui ao jardim que costumava ser meu ref'ugio. Levei meus cadernos, livros e musica...
Sentei em um banco em frente a casa que sonho ter em meu jardim e comecei a escrever. Estou tao leve, sem nenhuma bagagem nas costas. Estou apenas cheia de nostalgia. La estava eu lembrando com saudade da menina que ia se esconder en el Jardin Botanico quando vejo um senhor sorrindo e vindo em minha direcao. A principio me assusto, as pessoas por aqui sao meio loucas, mas entao ele me olha e diz com uma voz forte e triste "Estoy muy aburrido en mi departamento" e senta-se ao meu lado. Todo o medo que tive passa neste instante e lhe retribuo o sorriso. Comeca a falar comigo. Eu apenas o escuto. Acho que e isso que lhe faz falta: alguem que escute, que sente-se ao seu lado e lhe faca companhia.
Quantas historias aquele rosto marcado pelo tempo tem para contar? Me contou que fugiu da Siria a 50 anos, que a vida por aqui nao era facil e que sua mae havia lhe obrigado a casar com uma mulher muito mais velha que ele, mas que ele havia recusado e  casado com seu grande amor.
Enquanto o senhor me contava tudo que achava relevante sobre seus 83 anos de vida eu o observava. Estava muito arrumado, parecia um personagem de filme. Seus olhos se perdiam em suas historias e era dificil entender seu castelhano.
Ao fundo a cidade estava agitada, mas ele trazia uma paz de quem apenas espera.
Antes de se despedir me disse que era so, que sua mulher ja havia partido. Como devem ser dificeis as despedidas impostas pelo tempo. Se levantou e comecou a caminhar, se virou e disse "sabe o que me matou? A saudade". Disse isso como se aquele corpo diante de mim nao tivesse mais vida, apenas historias...
Tambem me levantei e resolvi caminhar. Nao quero morrer de saudade! Se ainda posso escolher quem quero ter ao meu lado nao e justo nao te-las. Nao quero me privar de fazer historias e nao quero chegar no limite desta vida sabendo que tomei minhas decisoes pelos outros e nao por mim.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Não escrevo o que sinto. Porque o que sinto não sei descrever. Não olhe para mim como se não soubesse do que estou falando.
Só consigo amar a vida romanceando-a. Preciso encontrar paixão no que vejo. Quero saber o que é o amor, quero saber se ele é real.
Não suporto essa juventude bonita e de conformistas prematuros que aceitam a realidade imposta. Respeitar regras eu sei, mas a minha intenção é de muda-las.
Um mestre Zen diz que cada um de nós devia ter por perto uma foto nossa quando criança. O que eu sou hoje envergonha a criança que fui?
Posso até sonhar sonhos que se desfazem, mas eu crio a minha realidade porque acredito que as coisas podem ser diferentes.
No final do dia muitas vezes o que temos é nada e quero levar comigo apenas o que é bom. Será que estou esquecendo alguém no caminho?
É, agora vou me mudar...Não acredito que o que eu quero esteja aqui. Ou talvez esteja mas eu só consiga ver quando estiver bem longe daqui. Não é só porque não me expresso como você gostaria que isto não é real.
Não acredite em tudo que ve, mas acredite em tudo que sente. Quando estou perto de você fecho os olhos para poder te ver melhor. Sei do seu cheiro, de cada tipo de respiração que eu provoco em você e sei a temperatura exata da sua pele.
É muito estranho a gente olhar para algo e ver que aquilo é exatamente o que a gente quer. É muito louco saber que não importa o caminho que eu escolha uma hora ele vai me levar até você, cedo ou tarde.
Uma paixão demora quanto tempo para virar amor?
Quanto tempo é preciso para esquecer?

Ele a procura com o frio na barriga dos encontros e ela está sorrindo para outro. Ele faz o mesmo e acha outra para admirar. Neste instante, por estarem distraidos se perdem.
Ele a deixa em casa. Ela olha nos olhos daquele que foi sua grande ilusão de amar e pede "promete que essa não será a última vez?" Eke que sempre soube a forma exata de acalma-la, lhe da um abraço e promete que nunca haverá uma última vez.
Ele bate em porta quando ela menos espero. Aparece quando ela não planeja e fica mesmo ela dizendo tchau. Se ela diz "fica" ele foge.
De repente ele volta como quem não quer nada e diz não esquecer. Quer brincar de faz de conta de novo. Diz que quer ter histórias para contar. Não, nada mudou.
Ela o olha com os mesmos olhos que nas noites em claro o observava em silêncio. Acontece que nada mais tem importância. Fala sem rancor nem saudade. "Então guarde na sua história que você tinha alguém que queria fazer história com você..."
Ela volta de viagem e ele está esperando como sempre esperou por respostas que ela nunca soube dar. "Agora a gente pode ser feliz?" Ela apenas responde "Eu sou feliz, mas sem você..." E fecha uma porta que a todo instante o tempo insiste em abrir.
Ele está com outra e diz que a hora deles ainda não chegou, mas que ela é diferente das outras...Ela sorri com tristeza, não quer ser diferente, quer ser dele.
Ele a espera durante cinco anos. Ela volta, bagunça o que já estava sem sentir, faz as malas e vai embora.
Ela encosta em seu peito como se lá fosse um lugar seguro. Ele a beija e diz ter esperado durante muito tempo por aquele momento. Ela retribui essa paixão. Ela sai. Ele está com outra. Ele diz que as outras não importam. Ela então diz com a sabedoria de quem já viveu isso antes. "Essa é a pior parte. Elas não importam..."
Ele a pega pelo braço e diz que o que mais quer é faze-la feliz. Ela pensa por um instante lhe dá um leve beijo e foge.
Eles estão deitados. Ele diz que quer criar um novo amor com ela. Ela fecha os olhos e finge dormir...Não sabe criar nada a dois.
Ele vai embora diz que vai ficar com saudade e que não vai esquece-la nem  por um segundo e pede para que ela não o esqueça. Ela fica no vazio de uma saudade imposta. Como se fosse preciso pedir para ela não esquece-lo... Durante os dias que os separam ela o espera com a mesma vontade e certeza. Ele volta...Algumas coisas mudaram e eles nunca mais se encontraram.
Ela espera por uma escolha dele. Ele finalmente resolve escolher. Ela finalmente resolve esquecer.
Ele lembra a todo o instante dos outros que já existiram. Ela pensa "você não sabe, nem nunca procurou saber que esta era a forma de eu ficar mais perto de você"
Ela é uma só. Eles são vários. Vários que passaram e não ficaram. Esta é sua vida marcada pelos encontros e desencontros da vida.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estou perdendo a razão...Finalmente!
Outro dia uma amiga me disse que tenho medo das pessoas e que sou fechada. Precisam de senha, chave e mesmo assim não conseguem entrar em mim.
As vezes falam que sou confusa, complicada e difícil de entender. A verdade é que só não sou igual. Não me encaixo e hajo como se encaixasse.
Tenho prazo de validade e sinto que se esgotou. Realmente preciso arrumar as malas e ir para bem longe. Se o que vivi foi lindo, guardo o momento, mas tomo cuidado ao guardar pessoas. Elas ocupam muito espaço...
Tento de todas as formas me prender a algo ou alguém mas a verdade é que não sei ficar. Adormeço paixões...Preciso da novidade. Sou um ciclo com início, meio e fim. Se estou perdida não é no outro que vou me encontrar. Tenho necessidade do silêncio e sinto muita falta da minha solidão.
Não sou neutra, não fui feita para esperas. Não sou correta e não quero que me tomem de exemplo.
Não sei pedir licença, nem me explicar e sinceramente não quero ter que pedir desculpas.
Quero um amor igual ao do mar pela praia. Há quanto tempo ele faz o repetido movimento de beija-la? As vezes feroz, outras manso. Vai embora, mas sempre volta. Talvez essa seja sua maior dor, vir e ter que ir ou sua maior alegria ir mas saber que vai voltar.
Não me digam para aceitar o que tem que ser. Eu escolho o que será.
Sei que tenho muito, mas quero mais. Quero o que não serve para ninguém.
Meu caminho eu mesma faço, mas não posso levar nada comigo. Meus pensamentos não dormem e é difícil alguém me acompanhar.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como foi quando você se apaixonou?
Se não sabe me dizer é porque talvez não tenha sentido.
Não adianta insistir, nem tentar disfarçar...
Palavras não me ganham mais e se olhos não refletem a paixão o melhor é dizer tchau!
Talvez mais para a frente voce vai entender o quanto foi apaixonado.
Sou de carne e osso. Não sou fantasia. Não quero historia, quero realidade.
Na minha vida não há espaço para enganos...sei o que quero e a hora que tem que ser e se por um acaso isso se perder, sinto muito, algum dia talvez volte a ser.
Não adianta me dizer, tem que me mostrar. Sei que gosto da poesia, mas não sou feita de palavras. Sou a música que te inspira, sou aquilo que você não pode entender. Mas quero ser mais que isso! Quero ser de verdade. Não apenas desejo.
Quando achar que já acabou, preste atençao...ainda existem pedaços e mim em você.
Nao faço questao de ter, quero ser. E se neste momento isso nao existe, nao espero. Gosto de me envolver.
Gosto das palavras ditas antes de me fazer dormir...
Sei que não mereço a espera e pra falar a verdade eu não te esperaria...sou feita dos minutos e a cada hora que passa sinto nossa história se acabar.
Tenho pressa de viver! Preciso me sentir segura. Se você soubesse o que eu espero de nós não brincaria comigo. Jogos não me conquistam, me afastam!
Decifro bocas e olhos e se você não está aqui não posso te notar...
Nunca teremos a hora exata. é tempo perdido!
Sou menina mulher. Sei o que posso fazer e o que você me deixa fazer.
Me perguntaram o que eu gosto em você e ao descobrir que não sei o porque percebi que meu desejo escondeu a realidade.
Não siga os meus passos, não procure em outros o que eu tenho certeza você só encontrará em mim.
Se você ainda não consegue entender eu continuo em você mesmo tentando me esconder!

sábado, 27 de agosto de 2011

Como estão ausentes as coisas queridas.
Hoje é mais uma madrugada de faltas. Quantas vezes já mataram minhas vontades...
Sinto muito, tudo muda. No seu silêncio descubro que isso não é tudo aquilo que imagino. Se tudo muda o tempo todo não é estranho que eu também mude.
O que eu não entendo é eu estar aqui inteira e você se contentando com tão pouco de mim.
Não posso oferecer poesia e já estou cansada de escrever sempre da mesma forma. Preciso de algo novo.
Despedidas são tristes, principalmente quando ainda não passou a vontade de ter.
Acontece que divido minha vida em capitulos e esse eu quero encerrar. Se eu sair antes que você, por favor feche a porta. Ninguém precisa saber do que aconteceu aqui dentro.
É tudo tão real na minha imaginação que vivo da confusão da minha criação. Tudo que faço não é por mal. Se fujo é por nós dois. Desculpa, mas eu não posso viver da fantasia.
Conheci muita gente e elas vem junto de declarações. É estranho, mas eu tenho aprendido cada vez mais sobre mãos, perfumes e sensações.
Enquanto a noite passa eu invento novas estradas para seguir. Prometo chegar nos seus segredos e bagunçar seus pensamentos. Neste momento tenho mais perguntas que respostas, mas não tem ninguém me escutando. Preciso de personagens novos para as histórias presas na minha garganta.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Algum dia alguém irá ler as minhas histórias e entende-las. Na calada da noite irá fechar meu livro e suspirar fundo.
Tenho prestado muita atenção nas pessoas a minha volta. Tenho percebido dores que não são as minhas e experimentado a sensação que o outro me trás.
Se querem a verdade, logo digo. Não sei mentir. Tenho insônia e se durmo tenho pesadelos. Tive que aprender a dormir sozinha e preciso de alguém acordado de madrugada. Choro lendo livros e repito sempre os mesmos filmes. Tento controlar ao máximo meu ciume desmedido e tenho coleção de beijos na parede. Todas as manhãs escolho uma trilha sonora para meu dia e se estou nervosa minha perna treme.
Tenho o costume de chorar em frente ao espelho e se sinto que estou envolvida fujo.
Não esqueço nada e sempre sorrio sem querer depois do beijo.
Guardo uma lista de loucuras que quero fazer e exijo atenção demais.
Nas histórias que crio sempre encontro um pretesto para que a gente exista. Não suporto que me virem as costas e sou orgulhosa demais para pedir para que voltem atrás.
Existem enumeras razões para eu querer coisas que ninguém entenderia, mas não me explico para qualquer um.
Quero uma casa com vista para o lago e quartos cheio de crianças. Sou apaixonada por bibliotecas e só me acalmo pisando na areia e olhando para o mar.
É fácil amolecer meu coração e se fico feliz meus olhos mudam de cor. Tive uma grande paixão na adolescencia e jamais esqueci seu perfume.
Os meus "nunca mais" são da boca para fora mas os meus "para sempre" não.
Sou difícil de me apegar e facilmente me desapego. Comigo cara feia não funciona e os pequenos detalhes me desmontam.
Escrevo diariamente em um diário e gosto de descobrir novas formas de beijar.
Sou contrastes e opostos. Converso sozinha e com os outros não falo muito.
Gosto de homem de moletom e busco pessoas raras. Barba me faz cocegas e adoro carinho no rosto.
A cada dia encontro algo novo para me apegar e me apaixonar e as vezes sem querer dou risada proibida. Hoje acordei com vontades desmedidas e estranhamente calma. Não sei lidar com pressão e se me colocam na parede dou uma leve surtada.
Gosto de cerveja mas me conquistam com vinho. Não é fácil me entender mas não vejo o porque de continuar a me esconder...

Quero que transformem o silêncio em música, o olhar em poesia e o toque em dança. Vivo a minha prórpia aventura, como se fosse personagem de aulgum livro. É preciso que alimentem minha vontade porque tenho fome de histórias.
Faço coleções de sorrisos e saudades. Invento nomes para o que eu sinto porque não acho definiçãopara o que acontece aqui dentro.
Tenho fascinação pelo primeiro olhar depois do beijo. Olhe para mim...não sou muito boa para falar, mas se você prestar atenção eu estou o tempo todo te dizendo um turbilhão de coisas.
procuro, encontro e perco. Sinto escapar da minha mão o momento. Nas noites de insônia, junto os pedaços de um quebra-cabeças, mas existem peças que não se encaixam.
Tenho segredos que só compartilho no silêncio de um beijo. Não me faça pensar muito. Sou uma mistura de medo e desejo.
Não tenho caminhos para te mostrar e também não posso te explicar coisas que não ainda não sei dizer.
Fale baixinho no meu ouvido para ninguém ouvir e guarde esse momento, porque posso ser tudo ou nada.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Não preciso de palavras para entender se toda vez que te olho eu já vejo tudo que é preciso saber. Gosto de ler os sinais de seu corpo e principalmente gosto do toque curioso.
Será que o tempo que temos é sempre exato? Por favor, que não seja...Quero me perder e me encontrar, sem querer, dentro de um abraço.
Que seja o que eu quero que seja. Não precisa ser agora, mas que também não adie para sempre. Tenho medo do tempo e de tudo que ele me afasta.
Tempo, tempo, tempo...O que que eu faço com você? Te guardo? Te espero? Ou deixo você passar...?
Você ficaria o tempo que fosse para me esperar?
É você que me espera ou sou eu que estou te esperando?
Não sou direta. Traço caminhos tortuosos na busca inconstante de coisas que me fazem falta.
E vou esquecendo e minhas paixões adormecendo. Não sei porque, mas eu não consigo te guardar. Eu quis tanto tanta coisa que até cheguei a cansar do meu querer.
Guardo palavras ditas e com ela formo histórias e invento pessoas.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lembro da varanda de sonhos, do porão de fantasias e da sala de emoções.
Sinto saudade do muro de amizade e dos degraus de espera.
É estranho como certas coisas nos fazem falta.
Queria de volta o pega pega e as palmas estaladas da visita.
Como não ter mais a lembrança viva disso tudo? Sinto que o que ficou está desmoronando.
Primeiros traumas, primeiros amores...Na parede a medida de algo inacabado.
Armadilhas e noites mal dormidas. Festas inacabas, brincadeiras que não se esgotam.
Medos amparados pela companhia de um olhar dócil.
Estou tentando escrever coisas para deixar gravado na minha memória o que me faz feliz.
O estalo do chão e a certeza da chegada.
A doença que passou e o acidente que superou.
Cheiro de café da manhã misturado com música clássica.
Corredor de histórias.
Para onde quer que eu olhe já não existe mais.
Sinto falta de cabelos encaracolados e de atravessar a imensidão para estar protegida.
Hoje é um dia triste. Assim como é triste olhar para o vazio de algo que um dia foi muito.
Uma parte do que fui já não existe mas a saudade, essa fica aqui comigo escondida. Ela insiste em se manifestar quando eu menos espero e de me lembrar que certas coisas não voltam mais...
A última noite leva o peso e a leveza de ser inesquecível.

domingo, 14 de agosto de 2011

Ele diz a mulher sentada em sua frente: É de você que eu gosto.
Ela sorri, mas não acredita. Pede: Então me prova.
Ele responde como se aquilo fosse obvio: Se eu não gostasse não estaria aqui.
Ela pensa a respeito e olha para ele com saudade...Isso não é o suficiente.
E nunca seria suficiente. Porque cada palavra certa vinha cercada de atitudes incertas.
Ela decide que é com ele que ela quer ficar ele sorri e lhe da um beijo.
Ela recua. Não quer mais...Ele não entende e diz: eu sempre te desejei
Ela triste sorri, um dos muitos gestos das suas diversas contradições. O que ele não entende é que esse é o maior medo dela. Ser apenas desejo. Porque para ela ele sempre foi mais que isso...
E o silêncio é o único a se manifestar.


Tenho a estranha mania de não colocar ponto final em nada e ficar sempre cheia de reticencias.
Me contradigo nas minhas palavras e ações. Mas tenho tido cada vez mais certezas do que antes eram confusões.
Me olhe nos olhos e tente entender o que quero te dizer.
É simples e exato. Não me venha com palavras que não querem dizer nada. Não diga que gosta de mim, prove que é isso que você quer. Em algumas palavras eu já não acredito mais.
Você pode me ganhar e me perder no mesmo segundo. Nesse pequeno intervalo que muita coisa pode mudar. Quando me decepciono não olho mais para trás.
Gosto das mãos dadas, mas se solto suas mãos é porque elas não são seguras.
Sou difícil de desistir e posso esperar muito, mas que essa espera tenha algum significado porque sinto que as longas esperas se perdem no caminho.
Não gosto de pensar na próxima vez, porque ela pode não vir e sinceramente tenho andado fascinada pelo agora. Por cada segundo que compoe os minutos que passo ao lado de pessoas que me completam por horas.
Venha, sente-se perto. Amanhã volte e fique ainda mais junto. Se eu não sei dizer o que quero te dizer, fique ao meu lado que você vai entender.
Também me confundo na tentativa de te decifrar a todo tempo. Não consigo entender e isso me desconserta e me afasta em pensamentos que não são reais.
Nos detalhes é que você me conquista e não no gesto grande e desmedido. É com uma frase que não esqueço que me sustento.
Sinto saudade quando encontro pessoas que me completaram e sinto falta de cumplicidades construidas pouco a pouco. Mas algumas vezes isso não é o suficiente.
As vezes eu fico cansada e tenho vontade de botar pontos finais em tudo, mas ai eu lembro que é nas reticencias que encontro a forma de não acabar com o que eu mais gosto...continuar escrevendo histórias sem sentido pensando em você...

domingo, 7 de agosto de 2011

Gosto dessas coisas que vem sem aviso prévio, que são vento leve e não sufocam.
Sou fácil de apaixonar e mais fácil ainda de enganar.
Com uma palavra me derreto e com um beijo me rendo.
Gosto de beijo na boca. De descobrir no outro coisas que me fazem sorrir sem motivo.
Contorno lábios estranhos e me perco em olhares novos.
Sinto gosto de novidade e devoro vontades passadas...
Guardo vontades e me perco na minha complexidade.
Fecho os olhos e consigo me entregar, me deixo tocar.
Se hoje lhe tenho amor, amanhã isso não irá acabar. Posso ser complicada, indecisa mas sei do que gosto. Mas nada pode ficar inalterado até o fim...
Eu busco em muitos coisas que um dia eu posso encontrar em uma pessoa só. A procura dessas muitas coisas é que me encanta, me deixa apaixonada todos os dias por diferentes pessoas.
Tem que ser diferente, tem que saber olhar de outro jeito.
Descobri tocando outros lábios, sentindo outros abraços e olhando em outros olhos que gosto do romance. Que gosto das cartas, das mensagens e das noites de espera.
Me fascina a sinceridade e o jeito sem jeito de ser, a forma exata de não saber e mesmo assim entender.
São nas minhas formas inacabadas de dizer que gosto que me encontro sempre perdida.
Sinto muito se não me faço entender.
Quero olhos nos olhos, boca na boca e o carinho delicado das mãos sobre minhas mãos. Sorrir sem motivo e por um momento pensar que já não acho mais graça em procurar.

domingo, 31 de julho de 2011

Faz mal pensar nas coisas que foram e que não vão mais voltar?
Se fosse possível escolher um momento para reviver qual seria ele?
Que beijo roubado daria? Que abraço apertado não soltaria?
Quantos pedaços de outras pessoas levo comigo?
Quantos pedaços meus já foram embora com outra pessoa?
Me pediram para responder e ao invés disso, calei.
Calei a vontade, a saudade...Escondi os detalhes que me conquistam e joguei palavras que não dizem nada.
Não me peça para escolher...a minha escolha é sempre contrária ao que eu realmente quero.
Se fico aqui parada é porque eu realmente queria ir e assim eu me acostumo a sempre ser contraditória.
Gosto de fazer os meus caminhos, mas prefiro me perder no caminho de outras pessoas. E assim eu traço um labirinto de vontades e histórias inacabadas.
Não me pergunte o que eu quero. Não me deixe pensar a respeito...Venha com pressa, mas seja calmo. Seja rápido se não escapo da minha vontade.
Não é que eu mude sempre de opinião é que o que eu quero ainda não achei....

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Acordo! Que pesadelo é esse que não sai da minha cabeça?
Sonhei que alguém tentava invadir a minha casa e o pior de tudo é que a briga era comigo mesma.
Era uma luta violenta de eu e eu mesma. E como eu tinha medo que eu mesma invadisse a minha casa...Loucura isso né?
Levantei da cama lavei o rosto tentei encontrar alguém acordado nessas madrugadas solitárias, mas nada adiantava. Mesmo depois do pesadelo eu ainda estava amedrontada. Tranquei todas as portas de casa mas de que adiantava? O mostro que me apavorava era eu!!!
Desisti de dormir então, afinal alguém tem que ficar de vigia nessas situações. Peguei o espelho e fiquei me olhando noite a dentro.
Muito bem, olhos nos olhos se encarando. Quem é você que está tentando sair de dentro de mim? Quem é você que está ai fora e não me deixa aparecer? Filosofando um pouco...Quem são vocês duas e o que vocês querem?
Por que desse medo descontrolado de aparecer? O que é que eu tento de todas as formas esconder de mim?
Tenho medo de deixar escapar segredos. Tenho medo de deixar escapar sentimentos. Tenho medo do que eu sou. Parece estranho, mas esse sonho ou pesadelo foi ficando claro...Não precisei nem do talento de Freud para perceber o que está acontecendo comigo.
Não aguento mais ser contida. Ter risada branda e buscar nos olhos dos outros aceitação já não me satisfaz mais. Aliás nunca me satisfez.
Não quero aos 2o e poucos anos já ter os planos de toda uma vida. Não sei o que vai acontecer amanhã, não quero ter que ficar pensando na consequencia de tudo que falo e faço.
Se amanhã o que sinto foi embora hoje ele está vivo e hoje eu quero, quero aproveitar um pouco mais...
Nessa luta incansável de eu e eu mesma não sei quem deve vencer, mas acho que já é hora de aparecer um pouco do que eu não mostro. Sei fazer parte de tudo que é correto. Sei andar de mãos dadas, me portar educadamente em público, que certas cores não combinam e que existe uma lista de erros que eu não posso cometer. Mastigar de boca aberta? Nem pensar! Sexo antes do casamento? Finge que não existe...sair por ai dizendo o que pensa e demostrando o que sente...ahh esse é um dos erros fatais. A não ser que alguém antes de você tenha feito algo parecido ai não é tãaaao errado.
Olho no relógio e as horas não passam...Começo a ficar entediada de mim. Acho mais graça naquela que está lá no espelho. Mas ainda assim olho meio reciosa dá medo encara-la de frente.
Pouco a pouco eu vou deixando de me vigiar e começa a aparecer alguma coisa do que escondo. Falo o que tenho vontade de falar, mas calma não se acostume o meu EU é muito resistente. Deixo meu instinto falar mais alto que minha razão...Mas a razão está lá que nem em meu sonho tentando de toda a forma manter a porta fechada. E disso tudo o que entendo é que tem uma guerra dentro de mim e que não vai demorar muito alguém vai se ferir...
Conversando com a minha avó percebo que os grandes amores estão cada vez mais distantes da minha realidade. Tudo que vem é explosivo e vai embora. Deixa marcas, mas não cicatrizes. Aonde está esse amor que vejo nos livros e poesias?
Minha avó guarda com elas todas as cartas de amor que trocava com meu avô. Lá eu encontro o que busco, um pouco de um amor construido com o tempo. Que tempo é esse que não faz a saudade passar?
Pergunto para a minha avó porque ela não lê essas cartas que estão guardadas. A resposta dela é clara e contida. Um choro de uma saudade avassaladora que faz com que pareça que foi ontem que meu avô foi embora. "Eu não tenho coragem de ler. A saudade é insuportável" responde ela com um nó que nunca se desfaz da garganta. Toda vez que escuto minha avó falando de meu avô vejo como a saudade é cruel. Está ali presente o tempo todo batendo em sua porta e deixando o passado sempre presente.
O que se faz quando a gente olha para o lado e sente o frio da ausencia?
E quando a gente fecha o olho e sente o cheiro de um momento que já passou invadir nosso corpo. Tem como fugir disso?
Só sei que há quarenta anos minha avó aguenta a essa saudade que não a abandona nem em seus sonhos. E eu percebo que até pouco tempo eu nem sabia o que essa palavra significava fico pensando se um dia eu vou sentir tanto a falta de algo como ela sente...
Talvez essa dor que a acompanha a todo o momento feito sombra passe...Mas eu sinceramente acho que não tem como passar. O que vejo nos olhos da minha avó é muito vivo para morrer e o que escuto em sua voz rouca de emoção é uma história de amor que o tempo não apagou....

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Você ficaria o tempo que fosse preciso para esperar?
É você que me espera ou sou eu que estou te esperando?
Eu posso ser milhares mas ainda sou única.
Hoje eu não quero nada e isso já é querer muito. Estou com saudade e um nó preso na garganta.
De tanto bem me quer acabei sem nenhuma flor.
É preciso que você venha e fique. Quero uma casa de sonhos feita por você
Não penso no que falo e penso muito antes de falar.
Você vale todos os momentos de pensamentos perdido.
Tenho pesadelos constantes e realmente preciso de companhia. Minhas noites são conturbadas...









sábado, 2 de julho de 2011

"E se" uma palavra que pode me levar a tantos lugares, mas que também me prende e me protege.
O que é que está acontecendo?
Não tenho saudade de você, nem saudade de mim...Estou vazia!
E se a gente não tivesse existido?
E se você não tivesse aparecido?
Hoje sem querer vi uma foto que estava guardada, na verdade escondida, como várias coisas que escondo para não lembrar...Mas existem certas coisas que mesmo escondidas insistem em aparecer ou em deixar marcas que não se apagam.
Hoje fiz força para acreditar que tudo vai voltar a ser como era antes...Antes do que? Antes de descobrir que gosto de companhia.
Sou intensa e impulsiva e de tanto medo de não poder segurar as rédias das minhas atitudes me prendo cada vez mais. E estou perdendo, perdendo muito...mas, se eu não controlo ninguém vai e esse ninguém vai...me deixa ainda mais sozinha.
No fundo vivo uma mentira...posso esconder tudo o que quero e que sinto, mas aqui dentro esses sentimentos não me deixam dormir em paz. Não sei ter paciencia, tenho pressa e a minha pressa me afasta de vc...Quando você chega eu já fui embora e quando eu espero você já passou.
É preciso parar o tempo? Ou é preciso que eu entenda que não tem a ver com o tempo?
Eu posso te querer, você me olhar, mas no fundo existe a impossibilidade...
Que você entenda que o "e se" me mantem afastada e que perceba que tenho medo. Sinto muito, mas tenho medo do que sou. Quem sabe um dia eu fique, pare de correr de um lado ao outro e espere...Quem sabe um dia eu fique e o encontro seja inevitável, mas por enquanto minha pressa me atropela.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O que eu quero?
Eu queria sair por esta porta e no meio da multidão te encontrar....
Andar de mãos dadas, dar abraços apertados e te contar sobre meu dia.
Minha vida virá do avesso ao seu lado e o mais estranho é que este parece ser o lado certo.
Você está ai bem diante dos meus olhos e não posso te tocar.
Eu estou aqui te esperando e sei que a nossa hora não vai chegar.
O que é que a gente está fazendo? Brincando de faz de conta com o nosso sentimento...
Trago comigo a saudade, a lembrança, a vontade, as lágrimas e o sorriso. Pelo caminho tento me livrar do seu rosto, mas você insiste em cruzar o meu futuro.
Se eu soubesse definir, talvez poderia explicar...mas é no abstrato que me encaixo. Talvez por você não ser real seja inteiramente meu.

domingo, 12 de junho de 2011

Músicas que embalaram nossos sonos e que fizeram muitas vezes a gente perder o sono.
São as trilhas sonoras da nossa história.
Sei que ando de férias de nós, mas já é hora de voltar para casa.
O que eu quero é viver você...
Meus olhos estão loucos na procura de te encontrar.
Palavras soltas no tempo que fizeram a gente parar o tempo. São as páginas viradas da nossa história.
Se eu tivesse perdido a memória será que eu me apaixonaria de novo pela mesma pessoa? Ou será que passaria em frente a ela e não sentiria nem um frio na barriga?
Como é possível que toda vez que eu encontre com ele eu me apaixone?
As pessoas deveriam vir com uma plaquinha que as ajudasse a encontrar sua outra metade. Seria tão mais fácil...
É tão horrível perceber como me faz falta e como eu não sou completa...Como eu me transformei nisso?
Em segundos minhas pernas parecem não tocar mais o chão e meus olhos não conseguem enxergar outra coisa. Como é fácil esquecer seu rosto, mas como é difícil esquecer seu toque.
Não me jogue para outra pessoa como se isso fosse suficiente para eu não querer mais.
Tenho os olhos mareados e lembrar me faz ter vontade de voltar ao tempo. Me desculpe tempo, mas você é cruel, me afasta de tudo que me faz bem.
Não sei sentir raiva, sinto a ternura do que foi e do que poderia ter sido.
Em pouco tempo encontrei muitos...e esses muitos tem um pouco do tudo que eu quero.
São nos pequenos detalhes que eu encontro o que eu mais gosto em você.
É no toque que eu percebo o quanto eu quero mais...
Sempre volta a isso: bocas secas da saudade de algo que não existiu...

domingo, 5 de junho de 2011

Quando foi dia ela era flor e se abriu para a vida que começava...
Abriu pouco a pouco as pétalas que escondiam o que só ela conseguia ver.
Mostrou segredos que já não podiam mais ser ocultados.
Percebeu então que estava vazia e que sobrava espaço dentro dela.
De repente ele apareceu. Misturando tudo e levando embora o que era apenas dela.
Trouxe a poesia que ela não conhecia e a vida que ainda se escondia.
Como era doce a dor da espera por mais um momento.
Como era longo o dia a esperar pela noite.
Foi quando seus espinhos começaram a surgir e já não havia mais graça na saudade que doia.
Pouco a pouco as lágrimas salgadas queimaram as suaves pétalas que começaram a murchar.
O rosto dele foi desaparecendo sutilmente de sua memória e o gosto da boca bem escondido no fundo da lembrança.
Estou a horas em frente ao computador pensando em como escrever o que eu quero dizer.
Assim como fico horas em frente as pessoas tentando falar o que não consigo parar de sentir.
Eu não sei mais...Mas deve existir outra forma de eu conseguir me expressar. Sou a favor de decifrar olhares e respirações contidas.
Acredito em momento, mas eu não entendo por que nunca é o momento...
Encontro pessoas mas não acho o momento de estar com elas. Gosto do simples toque da pele e busco momentos em que sinto borboletas no estômago. São raros, eu sei, mas é deles que me alimento.
Acredito no que me dizem e principalmente no que me fazem sentir.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Me divido em milhares de pedacinhos para poder estar presente em diversos momentos e lugares. Mas sinto que isso não é suficiente.
Todos os dias acordo com a nostalgia do que eu poderia ter feito ontem e isso não me conforta.
Sei que tenho muito tempo para fazer tudo que eu tenho vontade, mas neste momento eu quero fazer muito e sinto que não estou fazendo nada.
Não acho que sou um exemplo a ser seguido e não gosto de fazer apologia a nada...mas estou cada vez mais envolvida com coisas que me dizem "Não se envolva".
Como não me identificar com as pessoas que atravessam meu caminho?
Como não querer ajudar pessoas a construirem suas histórias ou melhor como ajudar pessoas a não destruirem suas histórias?
Quando resolvi dar aula na escola em que estudei durante toda a minha vida não imaginei que seria isso...Não tinha nem idéia do peso que a palavra "professor" teria ou ainda pior a palavra "responsável".
Sou apaixonada por todos os rostinhos que me encaram e sou completamente envolvida com cada um deles.
Eu sei que não tenho capacidade e sei também que não está em minhas mãos mudar nada...Mas eu não consigo virar a cara quando eu vejo pessoas talentosas disperdiçando suas oportunidades.
Ninguém disse que a vida seria fácil e digo aos meus queridos adolescentes: a tendência é piorar...Ninguém prepara vocês para o turbilhão de sentimentos que vem sem você nem perceber. Mas tenham certeza que existe alguém que está disposto a te escutar e a te ajudar, sempre!!!
Quando tinha 14 anos minha vida tomou um rumo totalmente diferente do que eu imaginava. Ninguém me explicou que meus sonhos de menina dariam lugar a uma realidade muitas vezes cruel.
Fui entrando em histórias que não eram a minha e me perdendo em caminhos que não eram os meus...
Encontrei meu apoio para superar tudo na escola que hoje me acolhe como profissional e sinto que tenho uma dívida de gratidão com aquele lugar. E é por esse motivo que eu não consigo calar quando o que eu quero é que estes alunos que estão sentados nas carteiras que um dia eu sentei tenham a mesma oportunidade que eu tive.
Amo o que faço. Mas odeio o que não consigo fazer.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Não me peça para sonhar...
Você não vai entender, eu simplesmente não sonho o mesmo sonho que você.
Não me espere, porque há tempos eu já te espero.
Não quero que me toque eu não sei sentir.
Não precise de mim que eu me assusto fácil.
Me contento com pouco e vocês querem me dar muito.
Eu não sei viver de promessas e muito menos de esperas.
Não quero compartilhar e não sei dividir.
Guardo coisas e entre elas guardo você.
É forte a corrente que prende meu destino.
Te vejo chegar mas já espero você ir.
Te vejo ir e sinto saudade de quando você chegou.
Não te encontro e não me encontro.
Eu vou ficar aqui mas logo estarei ali e mais uma vez você vai voltar e de novo não estarei lá.
Quem de nós vai parar?
Quem de nós vai mostrar?
Odeio essa razão que me persegue!
Desculpe se meu querer é difícil de entender
É que eu não sei responder esses porques.
Eu preciso de algo mais...
Não estou conseguindo me encaixar.
Quero as duas metades de tudo e só acho o vazio do nada.
Eu sou a mesma pessoa mas já não me reconheço no espelho.
Falo mas ninguém escuta.
Não pertenço a nada nem a ninguém e isso antes me fazia tão bem...
Sinto falta de me sentir muito bem ao lado de alguém e quero despertar a paixão adormecida.
Quero mergulhar a algo novo e me desculpe mas sinto que não estou no lugar que queria estar.
Aonde estamos indo?
Eu devo deixar de lado quem não quer seguir o mesmo caminho que eu?
Que difícil é escolher...
Sempre me prendi a valores e a cada manhã que começa vejo esses valores sumindo e eu vou ficando perdida.
Eu procuro a muito tempo e eu não sei o que é...
Um lado meu ficou parado e outro quer ir além...Além do que?
Como é bom o recomeço, como é triste o fim.
É isso...chegou o fim de algo dentro de mim e me sinto cheia de vazios e ausencias.
Estou em todos os lugares mas não vivo nenhum deles. Não quero desperdiçar nada, mas não estou aproveitando tudo. Tem tanta coisa que não faz mas sentido, mas não é facil fechar portas. Muito menos tranca-las...
Estive em muitos lugares e sei o que não quero, como é triste não querer...
É hora de dormir um pouquinho mais e agir um pouco sem pensar.
É hora de mandar calar e se escutar
É hora de virar de costas e dizer..."Adeus"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pra ser sincera as vezes não falo a verdade.
Não digo nem metade de tudo que sinto.
Conto histórias do que não vivi.
E muitas vezes, guardo sentimentos que não são meus.
Eu procuro saber quem sou e o que encontro não me satisfaz.
Tento andar do lado oposto a multidão.
Se eu vivesse de olhos fechados talvez eu conseguisse enxergar além...
Sinto falta de momentos que me tornem imortal
E me desculpe se muitas vezes faço esperar, mas eu ainda nem sei quem estou esperando...
Tranco meu quarto e guardo meus segredos.
Chego em todos os lugares com um disfarce colorido e vou pouco a pouco me despindo. Devagar vou me desarmando e nem me dou conta de como estou mudando.
Quando me dou conta sou tudo e todos e continuo sendo nada. Gosto do nada pois nele cabe tudo.
Mas não gosto quando não sinto nada, não gosto de ser vazia.
Meus sonhos não acabam quando acordo, mas quando acordo meus sonhos fogem.
Gosto de escrever coisas sem sentido ainda mais quando não tenho como explicar o que sinto.
Não gosto de beijo sem paixão e não gosto de abraço sem ser apertado.
Gosto de viver pessoas e gosto ainda mais de decifrar olhares.
Capturo ilusões e quero transforma-las em realizações.
E quando dou por mim já é o fim...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ela sonhava de olhos abertos:
Quando a gente casar eu quero uma casa assim...
Ele abre um sorriso de primavera:
Você quer casar comigo?
Ela guarda aquele sorriso
Ele segura em suas mãos...
Menina eu vou construir nossa casa de sonhos...
Menino eu não vou saber sonhar sem você...
E dessa forma prometeram coisas que não se pode cumprir.
Loucura de apaixonados iluminados pelo desejo de serem eternos.
Naquele momento todo o amor do mundo pertence a eles.
Ela vai embora...
Ele fica...
Ela chega...
Ele já foi...
Conversas vazias de sonhos que já não são mais iguais.

Quem foi?

Por que nascem os amores proibidos?
E quem é que os proibiu?
Será que por serem proibidos são mais intensos?
E se deixassem de ser proibidos, o que aconteceria com eles?
Romeu e Julieta viveram um amor que por mais que fosse proibido, existiu...
Mas se ele existiu não era proibido. Ou era?
Tem certas coisas que deveriam ser proibidas de proibir, entende?
Dizem que tudo que é proibido é mais gostoso. Me desculpe o ditado popular, mas é gostoso tudo aquilo que a gente faz com vontade. Sem pensar se pode ou não pode. Simplesmente faz. Faz pelo momento e pelo desejo do agora.
Quem nunca viveu um amor proibido?
Queria saber quem fez as regras do que se pode e do que não se pode.
A minha vida eu quero viver sem regras e sem proibições. Será possível?
É que eu não deixo de pensar em quanto o beijo proibido pode me completar e em quanto a vontade proibida pode me descontrolar...
É possível reconhecer um amor que não é para existir?
E se um amor desses encontra a gente assim sem querer? De quem é a culpa dele acontecer?
As vezes ele parece testar se eu sou capaz ou não de aguentar...Eu consigo fugir, sou boa de esconderijo. Mas toda vez que eu viro as costas eu tenho uma louca vontade de olhar para trás.
Então espero, quem sabe ele um dia, talvez, deixe de ser um amor proibido e passe a ser uma bobagem, uma ilusão...Eu não acredito nessa espera. Assim como eu não acredito em quem me diz que é errado eu gostar do abraço, do que toque alguém...

domingo, 1 de maio de 2011

Sinto falta da paz que encontro no sorriso de algumas pessoas.
Sinto saudade de sorrir sem motivo.
As vezes sonhamos com coisas que não desejamos
E fugimos de olhares que deveriamos encarar...
Eu quero estar no seu caminho e te encontrar quando você menos esperar.
É assim que quero ser e é assim que quero ter.
Sem hora e sem motivo...

antigas redações

Uma adolescente sentada em seu quarto iluminado pela noite gelada. Lá está ela escrevendo sobre paixões, sonhos e ideais.
É engraçado ler todos os textos que já escrevi...Percebo que mudar doi, machuca. Mas que embora muito tempo tenha passado, certas coisas não mudam, principalmente meu sonho por uma vida extraordinária.

"Não é fácil dizer para as pessoas o que você sente por elas. Pelo menos, no meu caso, sempre ficam palavras presas na garganta. Eu queria dizer muita coisa, eu queria tirar aquelas palavras que tando pesam dentro do meu corpo. E a cada dia que passa eu vou ficando mais cheia de palavras que eu não falei..."
(Setembro de 2003)

"Um homem para conquistar uma mulher, deve fazer do silêncio a música, do olhar a poesia, do toque a dança.
Uma mulher deve ser como um perfume, uma fragância rara que está aqui presente penetrando em seu corpo sem você querer e qe vai embora sem que você possa segurá-la."
(Março de 2004)

" É muito mais difícil se libertar do sofrimento dos nós que se formam na garganta, do que se desvencilhar de cordas e armadilhas do destino"
(Setembro de 2004)

"Vão tentar mais uma vez. Inventarão novos passos para que essa dança que é a paixão seja eterna"
(Sem data)

Existem certas fantasias infantis que não querem acreditar que não são possíveis.
e ainda existe aquela menininha que acredita que tudo é possível.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Depois do Depois

O que que eu faço do agora se eu vivo no depois?
Meus pensamentos fogem do momento e se protegem no amanhã que nunca vem...
Eu quero agora sem demora, mas que culpa eu tenho se o depois não me deixa?
Agora eu quero um abraço, mas e depois?? Que que eu faço do abraço?
Eu encontrei, mas espera!!! Que que eu faço depois se eu perder?
Eu quero entrar no seu jogo. Só que eu sei...depois eu não vou querer sair.
Vai me dizer que é pra sempre? Não, vai ter o depois...
Eu queria poder pular esse maldito "depois" ou pensar no depois do depois.
É, deve ser bem menos complicado. Na verdade não...eu continuo fugindo do que está acontecendo neste momento.
O problema do depois é que ele está sempre escondendo o meu agora. Sinceramente, que droga!!!
Todo mundo vive jogando no meu caminho um monte de agoras, mas desculpa minha gente eu to com pressa eu quero chegar logo no depois. Eu não sei caminhar eu corro e o que passa na frente eu atropelo.
Há 23 anos construo um castelo, mas não é para ser tocado é apenas para ser visto. E há 23 anos o que protege essa mulher de sua imaginação e um muro, chamado depois.

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