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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A melhor coisa que não me aconteceu voltou. Como sempre voltam as coisas que a gente não manda embora e deixa guardado no potinho de tudo aquilo que a gente não quer abrir mão.
Poderia pensar que as coisas que não acontecem deixam marca na gente e que fazem a diferença na nossa história. E fazem mesmo. Fazem a perna ficar bamba e deixam uma dor que não tem como amenizar. Ela se instala no meio do peito e faz a gente querer voltar atrás e ter feito o que o corpo estava pedindo.
Das histórias que não poderiam acontecer ele insistiu em aparecer. E da onde tirar a força? Da razão, que já nem acredita que é este mesmo o motivo para não se fazer o que se tem vontade...
Ela tirou, tirou força da onde não precisava, porque o que realmente precisava era daquilo. Era do toque, da boca, do abraço...
Não esqueceu do que prometeu, não esqueceu do que não viveu.
Usaram novamente a desculpa do não é agora...e mais uma vez adiou o que já estava predestinado a acontecer. O que fazer quando se quer tanto uma coisa?
Que medo é esse que invade a possibilidade? Quantas chances foram desperdiçadas?
Tentei achar explicação para o que sentia, quanto a resposta estava ao meu lado querendo a mesma coisa que eu...
Foi então que eu me dei conta de como o queria e de como a chance daquele momento jogaria todas as outras lembranças fora.
Escapou mais uma vez e na noite silenciosa ele fechou a porta e ela se contentou mais uma vez com "não chegou a minha hora". Aquele instante escapou da mão. Até quando?
Fechou os olhos e dormiu contentando-se com o beijo de boa noite distante e mesmo assim tão próximo. Era preciso voltar no tempo....

O gosto de agosto

Chega de imaginar o que não pode ser. Quando se tem tudo planejado o novo bate em sua porta e te faz experimentar. Cuidado! É neste momento que se perde o foco do que se quer e vai atrás de uma idealização perturbadora que está longe de ser real.
Em uma noite em que tudo parece mágico ela só quer magia. E ele que parece ser tudo que se pede de alguém, mas é pouco para o que ela imagina querer.
Ganha a confiança de alguém que a perdeu a muito tempo. Vem com o sorriso de vontade e demostra ser o que se espera, mas está longe de ser  o que se quer.
Ela não troca, adia, porque se sente segura em um abraço apertado, mas não firme.
Ela beija, porque quer finalizar outras histórias e ele é o limite. A partir deste ponto os outros não podem mais sair do passado.
Encosta a cabeça em seu peito e por instantes sonha que ali é um lugar seguro. Mas não é...Nunca será e ela não quer que seja.
Mentiras não interessam, nem meias vontades.
O gosto de agosto veio junto com o desgosto de finalizar duas histórias em uma. Nenhuma que valeu a pena, nenhuma que trouxe mais vontade...E assim a noite passou e este momento não se eternizou.
Sabemos que foi paixão pelo modo que termina e esse fim não deixou saudade.

Falando sério

Agora ficou sério. Sem ter como esconder, sem querer esconder.
Foi sendo conquistado nos detalhes que ninguém percebe ou finge não perceber. Ganhou no sorriso, na amizade, na cumplicidade, mas acima de tudo em sua sensibilidade.
Era bem melhor parar com essas coisas, de olhos nos olhos e vontade escondida. Mas não é fácil e se fosse fácil teria definição mas ficou assim indefinido, confuso e difícil de lidar. Como era antes e provavelmente como continuará sendo.
Fui falando sério sobre sentimentos que não eram mais apenas momentos e quando dei por mim já estava sorrindo sem motivo e esperando...E como foi bom esperar, não que a espera tenha dado resultados, mas ela trazia junto com o frio na barriga uma vontade louca de parar o tempo ou apressar o tempo. Tanto faz, só sei que o tempo do jeito que estava não se encaixava. E segue não se encaixando...
Novamente tive que viver com o "não é agora" e "este não é o momento"...Uma semana que pareceu sem fim e que virou saudade gostosa de ter. Assim como ele foi, é e sempre será uma brincadeira que ficou séria e sem conseguir controlar, foi dificil de dominar. Olhos se encontrando no reflexo de uma viagem sem volta. Foi neste momento que me dei conta de como seria dificil a despedida.
Que medo de se perder na distância do "não é agora" e "a nossa hora chegou".
Que vontade de voltar no tempo. Quais os sintomas da felicidade?
Não, eu não consegui aceitar, mas entendi porque ninguém estava disposto a perder nada por algo que não era real.
E foi se perdendo o encanto, guardando o que se sentia e pensando aonde deixar as lembranças...
Peguei o calendário e contei nos dedos os momentos que tive a certeza de que a minha decisão era a certa...Foi algo tão distante que de perto parecia tão concreto mas, se despedaçou porque era frágil.
De repente virou mais uma e foi nesta definição que ela não soube ficar e resolveram mais uma vez adiar.
Até que se apague na história, até que se firme na memória...Até que seja ou até que se tenha ponto final.
Mas foi bonito, ficou com toda força e deixou um gostinho delicado na boca.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Abril despedaçado

O segredo é saber que certos encontros são certos mesmo sendo tão incerto gostar de alguém.
Há um silêncio que só se quebra com o beijo que sacia...E que beijo! E que vontade de encerrar o ciclo de histórias nesta história.
Porque deve existir um prazo para que exista o reencontro. Aliás quantos reencontros!!! Veio, de repente, a pressa do momento. De novamente fazer do simples uma complicada vontade de viver um pouquinho mais aquele instante que te faz perder o fólego.
É curioso o toque que ainda tem vontade de conhecer o que já se conhece muito bem. Com um jeito doce e olhos turvos faz brilhar olhos que também querem muito. E então, aquele espaço de tempo que parece curto demais para tanta vontade de ficar junto, torna-se praticamente eterno.
Seria tão mais fácil cair em outros braços e esquecer que se quer...E é exatamente neste momento em que se escolhe esquecer que ele volta e deixa claro que ainda é o momento dele ser esquecido. E então?
Vive-se novamento o que já estava no passado e que parecia guardado. Parece assombração que vive a perseguir, sem se dar conta, de que o ponto final não é ele...sou eu.
Não se jogam palavras fora, não se diz o que não precisa ser dito.
Vontade de quero mais, vontade de dizer "desde agora e para sempre".
Vontade que vem e que de repente vai embora...com as luzes se acendendo e trazendo de volta a realidade. Que realmente não é esta história, nem este o protagonista.
E de novo a realidade se torna fantasia e ele volta. Porque não é possível ser real o que sentem tendo os lábios contornados, olhos cerrados e e os abraços compartilhados.
Despedir-se para depois se encontrar novamente. Parece um jogo. Aliás é um jogo..que vicia e dá vontade de quero mais o tempo todo. Sem ser nó para ser desatado. É laço que enlaça, que é tão fácil de se fazer quanto de se desfazer.

Águas de março

Maior lua dos últimos tempos. Deve-se fazer um pedido. Não é possível que a noite passe sem ser ser especial.
E assim, olhando o céu, lá estava ela. No meio da multidão olhares se encontraram e não se afastaram...
Ele parecia ouvir sua conversa com a Lua, parecia saber o que ela queria e conseguiu decifrar o que seus olhos estavam dizendo. Simples assim.
A multidão, os gritos, tudo parecia não existir mais. A chuva que caia fazia caricia em uma pele que precisava de carinho. Mais uma vez, ele pareceu perceber que certas palavras não precisam ser ditas. Tocados pela música que tocava, lábios se tocaram e se tocaram mais uma vez e outra...Descobrindo assim um ao outro e aumento a sede de se querer.
Noite sem estrelas e com uma lua que brincava de se esconder atrás das nuvens. Noite de desejos realizados e de encontro desesperado.
Foi simples, calmo e gostoso. Gostoso ter alguém compartilhando o mesmo desejo que o seu e a mesma vontade de tornar aquele momento especial.
E foi especial, como são especiais as coisas simples que não querem nem devem se complicar com o tempo.
Mensagem de boa noite. Mensagem de bom dia. Mensagem de que foi bom e de que certos momentos se tornam únicos porque não se insiste na reptição e porque não guardam a esperança de algo mais.
E a Lua cheia com sua melancolia e beleza realizou o pedido, não naquela noite, não naquele momento...mas realizou o instante que guardou o prazer de ser inesquecível.

De janeiro a janeiro

Com o mapa secreto da minha história foi me envolvendo...Veio manso, calmo, sem pretenção.
Quando dei por mim já era o que não podia ser. Mas ainda podia esperar. Era necessário esperar. Não podia ser. Não pode ser e talvez nunca seja...
Era pra ser passageiro, algo sem explicação e que não exigiria de mim nada além da imaginação.
Me pegou de surpresa e sem que eu pudesse perceber...surgiu!
Brinquei de esconde esconde e guardei...Deixei bem escondido para que ninguém pudesse ver, não escondi dos outros, escondi de mim...
E foi assim, meio loucura, meio razão. Compartilhando uma vontade oculta...prometi que não era isso que eu queria.
Confundi e continuo confusa. Criei uma história sem propósito e quando olhei para o que havia criado percebi que a consequencia era real.
E foi dessa realidade que eu fugi, tentei esquecer e prometi guardar.

Outra vez...

Outra vez eles tentaram, não recomeçaram, pararam de onde tinham terminado e terminaram da onde já não tinha história.
Foi, é e sempre será. Sem magoas, sem saudade, sem vontade.
Voltou sem o coração apaixonado, sem o desejo cego. Voltou porque precisava de ponto final e de ser marcado na história.
Não deixou dor, deixou lembrança e vontade de algo novo. De frio na barriga, de carinho no braço e de abraço.
Foi embora ensinando o beijo de boa noite, o toque de pele e o sono compartilhado.
Sem pensar foi despedida e só se despede do que foi bom...
Deram tempo ao tempo diversas vezes. Deram prazo para o querer. E assim foi, uma paixão comedida, uma amizade colorida.
Sentimento que não mudou, se transformou em algo que não é mais meu e tão pouco dele. É nosso sem precisar revivido.
Foi a demosntração do que precisava acontecer, do que queria ser. Deu lugar para novas vontades, para outros contos e para outras esperas.
Uma história que não acaba no ponto final. Da continuidade de outra forma, com outros personagens, com outros sentidos. Que deixou um vazio tão pleno que foi através dele que pude preencher com um novo querer.

Janeiro

Fogos de artifício, lá está ela, olhando o céu e fazendo um pedido.
Ondas beijando a praia  e os dois se encontram, ou se reencontram, sem saber que já haviam marcado este encontro a um ano atrás. Só não haviam combinado de se querer e foi assim que se iniciou o ano, um ano de mãos dadas, de abraços com vontade, de beijos com desejo e de carinho sem pretenção.
Música ao fundo, gente com esperança no novo. Foi sem querer que esta simples cena marcou o ano em que ela percebeu que no vazio ela não se acha e ainda perde quem procura.
Nascer do Sol fazendo carinho no horizonte pintado pelo mar. O dia começou, iluminou e então, sem a pretenção de definição, ela soube que este seria um ano de procuras, vontades e saudades....

sábado, 24 de dezembro de 2011

Véspera de Natal.
Dia de ruas vazias e de casas cheias. Cheias de esperança, união...
Chegou o dia da Nostalgia, de uma tristeza que vem sem ter motivo, mas que dá pontadinhas no coração e deixa um nó na garganta.
Dia de reviver e de relembrar. Dia de ter saudade de abraços que deixamos escapar, de despedidas que não conseguimos dar, de beijos que não sairam da memória, de amigos que fizeram parte da nossa história.
Noite de abraçar quem a gente não quer deixar escapar, noite de receber quem a gente não quer que vá embora. Pelo menos não agora, não tão cedo. Noite de beijos com sabor de cereja, de amigos que fazem a nossa história.
Dezembro com suas noites iluminadas, com momentos que viram tatuagem em nosso querer.
Hora de fechar os olhos e pensar no que valeu a pena, no que vale a pena. E sinceramente tudo valeu a pena nesse ano que chega ao fim. Sem culpa, sem receios e com muita saudade de tudo que alimentou o que hoje é a minha fome de mais! Muito mais!
Ainda não é hora de despedidas, é hora de guardar com carinho cada gesto, cada sentimento, cada frio na barriga que me acompanhou até agora.
Ainda é tempo de correr para a casa da minha avó, de montar a árvore de natal  de esperar dar meia noite. Ainda é tempo de pedir e de ter esperança. E eu espero, já esperei tanto e continuarei esperando. Porque se a cada espera eu tiver a resposta que tenho tido..é porque vale a pena.
Feliz Natal e que a árvore da esperança continue dando frutos, continue guardando os que já viraram flor e que enraize a minha certeza de que não há nada melhor do que um abraço bem apertado, uma boa surpresa, um beijo sem culpa, um carinho doce e o presente de saber que se é presente na vida de alguém!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Me conte uma história diferente de todas as outras...
Me explique o que o clichê não pode responder.
Parece que acordei em outra realidade e nela não encontro quem estava antes presente. Está tudo fora do lugar ou finalmente eu tenha percebido que é deste lado que eu quero estar.
Quero conhecer a fábula doce de um mundo querido.
Das minhas mãos, que nasceram cegas e que sempre procuraram tocar o outro para poder decifrar o que meus olhos escondem, nasceu a sensibilidade de sentir.
Que a minha inocencia não seja pobre, mas que de novos olhos a mentira.
Então aparece o que esteve sempre ao meu lado, calado e me mostra sem pesar que não é aqui que eu quero ficar.
Sabe quando você percebe que todos os caminhos te levam para o mesmo lugar? Pois é...Tem sempre algo em mim que diz "Não é você" e tem sempre algo que me faz pensar "não agora..."
Me entrego ao vazio e ai aparecem aqueles que são completos e então o oposto ao invés de me atrair me faz fugir...
Sinto muito, mas nesse mundo de faz de conta eu não pertenço e se me acham louca penso que talvez a loucura seja a realidade e que este mundo é vazio demais para o meu querer.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Quando chega a noite e você pode parar para pensar. No que você pensa?
Observo minhas marcas no espelho. O que é que eu faço com as cicatrizes do tempo?
E eu que nunca quis querer tanto assim, hoje quero só um pouquinho ir além de mim.
Me debruço no abismo da liberdade. Que medo de pular!
A todos eu me despeço sem saudade, sem vontade. Que nada se repete e a ninguém compete pedir o que o tempo não pode reter.
Amores loucos, brandos, sussurros de vontade. Cansei de ser especial, hoje quero ser real. É sendo real que sou imperfeita, é sendo real que sou tocada e é sendo tocada que posso ser amada. Me faz pequena em seus braços, me faz grande em sua vontade. Que eu não sirvo mais para ser personagem da sua idealização. Me toma sem pensar...
O tempo bate em minha porta e deixa sempre o mesmo recado "Já é tempo". Então que venha o tempo, que ganhe o tempo que eu perdi achando que estava construindo o tempo de nós dois.Aceito não revelar nossos segredos e deixo em paz o passado. Bem vindo ao meu mundo real.
Voltei ao tempo procurando o que já foi querido e assim me dou conta de como estou em falta com o meu querer. Prometo cada beijo dado ser guardado e que o esboço do meu sorriso é a futura história da nossa vontade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Retrospectiva de um ano que não terminou...

Relembrar, reviver...se refazer.
Paciência...paciência é isso que escuto a todo tempo, é isso que pedem a todo momento.

Doze meses já se passaram. O que realmente valeu a pena?
De onde vem essa calma que pouco a pouco me consome e me diz: paciência?
Chegou a madrugada para me acordar dos sonhos loucos que vivo.
Chega de adeus, chega de saudade.
Ano de caminhos tortuosos, de obstaculos criados por mim mesma. Ano de beijos dados, de beijos esquecidos, de beijos calados. Este ano pede pontos finais, sem reticencias, sem virgulas.
Este ano pede para terminar histórias, romper-se laços e quebrar paradigmas.
Tem sido, sem pretenção de ser, um ano sem igual, sem comparação.
Sobrou tanta coisa para se dizer...
Chega a hora de fechar agendas antigas e de parar de andar em circulos.
A solidão invadiu e me fez descobrir o que a tempos eu finjo não ver...gosto de gostar.
A doença chegou, mostrou que meu porto seguro se abala também...Me fez ver de onde vem a força e quem é que me dá chão quando eu não tenho aonde pousar.
Vou colecionar esse ano em retratos de brigas internas, de descobertas e principalmente por ter sido um ano meu...Minhas dores, meus amores, meus desamores, meus aprendizados, meus ensinamentos.
Falta pouco para acabar um ano que durou uma eternidade...
Que todos os desencontros que tive sirvam para um grande encontro. Que a minha saudade não seja mais frágil a ponto de não ser controlada.
Começo lentamente a me despedir de histórias já sem peso e com pesar digo adeus a decisões que me pesaram na alma.
Ah ano bom, ano que parece não ter fim e que mesmo assim poe fim em tanta coisa. Ano de começos e de certezas. Tenho a certeza de muita coisa que antes eu escondia e como é bom poder decidir o que quero e como quero.
Este ano me pediu paciencia e me mostrou que o tempo refaz o que se desfez...Calma, que se encontra o que se perdeu...que volta o que se foi. Novas tatuagens marcadas na lembrança e cicatrizes feitas no meu querer. Ano meu, não acabe não porque eu ainda tenho planos demais para nós dois...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Trechos da caixinha de lembranças

O garoto trazia consigo um pequeno embrulho e não tardou muito para que a menina se desse conta de que essa seria a última vez que se veriam. Se olharam pela última vez para gravar cada marca e cada sensação que um causava no outro. Não trocaram palavras muito menos promessas. Beijaram-se suavemente selando o ponto final de um romance prematuro.
Ela guardaria aquele beijo como um dos melhores sabores já provados por sua boca e ele a levaria junto com toda a saudade que guardava consigo.
Sem dizer tchau, ele sumiu pela rua vazia de dezembro e ela ficou sentada nos degraus de despedida com o pequeno embrulho em suas mãos. Uma fina garoa começou a cair desmanchando os cachos dourados da menina que sentia o coração pequeno demais para tanto gostar. Dora Dourada com seu fucinho gelado a trouxe novamente para a realidade e com sua companhia sempre fiel a acolheu em seu silêncio cheio de sentimentos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Qual foi a maior dificuldade de vocês nesse exercício?
Perguntou a atenta professora.
Sem pensar respondi que o que me atrapalha são os outros, pois me sinto invadida...
Cheguei em casa e não consegui dormir. As palavras ficavam fazendo bagunça no meu pensamento.
Não, o outro não me atrapalha. Acontece que me perco facilmente e é difícil eu conseguir me encontrar.
Para escrever consigo acessar o sentimento, mas na pratica do amor eu não sei nada. Sei das vontades dos outros e o que provoco em você. Mas não consigo entender o que provoco em mim mesma e da minha vontade sei muito pouco ou na verdade sei muito e fujo dela...
Se eu fizesse tudo que tenho vontade? Eu me perderia ou finalmente me encontraria?
Sou boa na busca das desculpas para provar que o que eu quero é passageiro.
Tudo em mim é querer. Meu corpo pede o tempo todo...e eu nunca mato a sede do que quero.
Deixo marcas na areia que facilmente desaparecem e sou marcada constantemente sem que o outro saiba.
Meu primeiro beijo foi teu.
Foi na chuva sem a pretenção de ser inesquecível.
Foi guardado sem pedir para ser lembrado.
Segue seu destino então sem aperto no peito.
Que a nossa história virou lenda pra ser contada para os apaixonados que buscam inspiração.
Se escapou o que não estava em minhas mãos.
Era livre o que estava preso na garganta com medo de ser solto.
Nesse mundo carrossel que gira, gira e não me leva a lugar nenhum meu corpo pede mais alma.
Quero ser a única que te faz perder o sono.

Não me venha com teorias de paixão. Elas não sobrevivem ao que eu sinto.
Deixe-me morder sua boca e procurar novas formas em seu corpo.
Sei a diferença entre ser desejada e ser amada e ambas formas de querer me fascinam.
Gosto de gente que tem segredos porque adoro desvenda-los.
Me desculpe a falta de romantismo, mas estou cansada dessas histórias de amores que não se concretizam. Deixa fluir...deixa vir!
Depois veremos o que vai acontecer.
Certos momentos são meu segredo.
Ah meu coração! Seria possível você não acelerar tanto quando ele volta?
Existe uma diferença, uma sutil diferença entre elas e eu...
Você já gostou tanto de alguém que quis guarda-la dentro de um potinho?
Eu já guardei...mas o potinho ficou pequeno pra guardar gente grande demais e escapou.
Eu não sirvo pra ser uma opção sou  escolha.
Menina, se você quer esquecer um menino, nada melhor que um homem.
Menino, se você quer entender uma mulher, nada melhor que conhecer uma menina.
Eu poderia gritar, mas o que acontece em silêncio aqui dentro de mim é mais forte que qualquer palavra.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

As canções da vida guardam cenas do filme da minha história.
São trechos que representam segundos de se perder o fólego. Quais músicas marcaram sua vida?
Qual a canção que você leva dentro de si?
Que música embala a sua manhã e qual te faz dormir?
É na cadência de um samba que encontro a alegria e a dor de ser o que sou.
É do ritmo lento das minhas canções apaixonadas que vem a pressa de se viver o que sinto.
Danço no acorde desafinado do violão que ainda não encontrou o compasso certo a seguir.
Danço na dança da solidão acompanhada de tanta gente também solitária.
Toca aquela música que me faz tocar e ser tocada. Faz do som o seu carinho e faz de mim a sua música.
Escute a música do meu sussurrar em seu ouvido se seja meu instrumento de afinação.
Troque de trilha sonora, mas saiba qual é aquela que mexe com você.
Minhas fases são marcadas por ritmos diversos que encontram a forma de se transformar em um carnaval de sensações.
Minha dor eu danço ao som de um tango de melancolia e saudade. Minha felicidade também.
Quais os instrumentos necessários para a nossa canção? Que seja do batuque do coração, da afinação da voz rouca, da sensibilidade da pele tocada pela primeira vez e principamente da mistura sua e minha.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Me veio, de repente, sem querer uma melancolia que é só minha.
Eu não quero machucar ninguém
Mas eu sei que vou...e eu sinto muito. Sinto muito por não ser aquilo que você esperava que eu fosse e sinto mais ainda por não ter aguentado.
Eu sei o quanto eu quis e o quanto você foi o que eu sempre esperei. Por que eu não posso te esperar mais?
Não é culpa. É um medo de te esquecer...Eu não quero isso.
Eu te entendo...mas você nunca vai me entender.
Subtamente apareceu o que nunca deixei ir embora, confundindo o que já estava acostumado a ser confuso.
Pode-se ficar só com a essencia?
O que eu preciso é da sensação de uma segunda de feriado após um final de semana sem igual.
Não são encontros que recebo da vida, são batidas violentas. É o principio da ironia que me rodeia.
Tanta coisa que você nunca vai saber...
Não é isso, não é nada disso! Tanta coisa que não importa tentar explicar...
Busco histórias da onde não sairá realidade. Gosto por gostar, sem precisar e sem receber.
Quem sabe..duas palavras que prendem a um talvez que não existirá.
Existem seres especiais e eu encontro em tanta gente algo que é sem igual que não é justo eu guardar só para mim.
Guardar o tempo do momento, é disso que preciso. Eu só combino a distância, de perto eu sou esboço da pintura que imaginam que sou. Fique com esta pintura, mostre essa imagem do que eu não sou e do que nunca serei. Se é disso que se precisa eu entrego, não me faz falta, não me faz humana.
Sou abstrata e interpretam de mim o reflexo do que vocês são.
Não dou certo porque sou errada. Não sou sua, não sou dele, não sou daquele porque ainda não sou minha.
Tirem minha máscara ela só me traz mais gente mascarada.
Se eu gostei de você? Gostei. Se te assusta essa resposta não vejo o porque da pergunta.
Tenho um apetite voraz que não estou disposta a saciar com água com açúcar.
E agora doutor? Dê o diagnóstico do que sinto e me cure da sensação de não conseguir não sentir.
Feche os olhos, se é apenas a imagem que vem a sua mente então deixe. Quando fecho os meus não vejo nada, sinto e é por isso que sinto muito.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Quando faltam as palavras.
Quando o meu silêncio ocupa um espaço que nunca me pertenceu.
Quando a gente acorda sem saber o que aconteceu, mas sabe o que sentiu.
Quando a realidade encontra a minha fantasia, a gente escolhe o que guardar.
A vertigem que sinto não é medo de cair é vontade de voar.
De quanta coisa você está disposto a perder?

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