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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Tenho uma regra sobre o primeiro encontro. Ele não passa do primeiro. Nada contra os encontros clichês em bares, cinemas e restaurantes, mas para que exista o segundo encontro é necessário que eu não perceba que passei pela primeira etapa de desvendar a intimidade alheia. Tenho preguiça de me apresentar e aquele silêncio constrangedor de duas pessoas procurando um tema para debater me deixa sem paciência. O momento que antecede o beijo é ainda mais difícil. Situação chata em que o cara resgata sua máxima coragem e que em casos extremos pede sua autorização para beija-la.
Eu não deveria me explicar, mas sinto a necessidade de compartilhar da minha fobia de encontros.
A noite pode até ser divertida, mas quando volto a minha zona de conforto, me esquece, dificilmente voltarei a batalha das mão dadas sem intimidade, do carinho sem afeto e do beijo sem frio na barriga.
Minha forma de ser é peculiar. Não nego, mas acredito em encontros sem serem marcados. Eles funcionam comigo e meu medo do outro se apaga por completo quando isso acontece.
Os moldes me assustam. Peço desculpas por essa minha regra tão infantil, mas sou tão confusa dentro de mim que acabo me perdendo no "vamos nos ver de novo." Quando essa frase chega eu já estou distante pensando na nova regra que me distanciará da intimidade e de compromissos que não consigo anotar na minha agenda.

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