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quarta-feira, 9 de março de 2011

4ª feira de cinzas

Minha vida é uma quarta feira de cinzas. Vivo da lembrança do que foi meu carnaval.
Acordo com a ressaca da lembrança.
E agora, em meu peito, uma batida de samba em agonia.
Penduro minha fantasia e retiro minha máscara.
Em minha cama, confetes da calçada. Por que este meu amor não resiste a quarta feira de cinzas?
Vivo na escuridão, onde escuto vozes, gritos e algumas vezes...gargalhadas.
Me sinto suja. Vejo ao meu redor as serpentinas do que foi a minha vida.
Hoje sou mais um samba que não deu certo. O salão está vazio.
Me alimento da saudade dos segundos de frio na barriga. Tento me prender a momentos que façam viver.
O único problema é que eu não sei esperar...

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