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domingo, 5 de junho de 2011

Quando foi dia ela era flor e se abriu para a vida que começava...
Abriu pouco a pouco as pétalas que escondiam o que só ela conseguia ver.
Mostrou segredos que já não podiam mais ser ocultados.
Percebeu então que estava vazia e que sobrava espaço dentro dela.
De repente ele apareceu. Misturando tudo e levando embora o que era apenas dela.
Trouxe a poesia que ela não conhecia e a vida que ainda se escondia.
Como era doce a dor da espera por mais um momento.
Como era longo o dia a esperar pela noite.
Foi quando seus espinhos começaram a surgir e já não havia mais graça na saudade que doia.
Pouco a pouco as lágrimas salgadas queimaram as suaves pétalas que começaram a murchar.
O rosto dele foi desaparecendo sutilmente de sua memória e o gosto da boca bem escondido no fundo da lembrança.

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