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domingo, 22 de abril de 2012

Você promete que não será a última vez?
Prometo.
E assim, ela viu se afastar pela noite quente de dezembro o menino de suas histórias...
O tempo passou e passou depressa. Passou o tempo da inocencia e do único grande amor.
O tempo que se foi, foi caro de gastar. Fotografias foram guardadas, lembranças escondidas e a história foi relembrada tantas vezes dentro da cabeça da menina, até ela se cansar dela e procurar um outro grande personagem para seus contos de fadas.
Foi em uma noite qualquer que o corpo dela estremeceu ao reconhecer o toque sempre exato do menino de suas primeiras histórias. Homem de comparações inconscientes, homem da saudade a muito tempo gostosa de se sentir. Ele estava ali na sua frente, da onde parecia nunca ter saido. Olhando a do mesmo jeito e tentando desvendar o que o tempo fez ele perder.
Eu te prometi que não seria a última vez...
E naquele momento o tempo voltou no passado e trouxe de volta uma canção já adormecida no peito da menina que crescera.
Conversaram como se ontem tivessem prometido se encontrar amanhã.
Se beijaram como se o deserto da espera nunca tivesse deixado a boca seca de saudade. E o toque, o toque despertou o sentimento que o corpo já trazia guardado a tanto tempo dentro dela.
Não eram corpos diferente se conhecendo, era dois corpos se reconhecendo através do tempo que passara...
Não haviam mudado tanto assim, não eram duas pessoas desconhecidas. Mas já não eram a imagem que ela a tanto tempo fizera deles.
O beijo trouxe a tona uma história infantil, anos de uma separação não premeditada e segundos de um encontro no mínimo especial.
Ele era especial, parecia especialmente feito para ela. E guardava ainda o cheiro e o gosto tão caracteristicos de uma paixão.
Foi mais que paixão, ela agora já dona de si, podia diferenciar suas paixões de seus amores. E o primeiro grande amor ela não esqueceu.
Mas, diferente da primeira vez que se encontraram, desta vez ela tinha passado e com seu passado havia passado a imagem que ela construira de seu príncipe encantado. Aquele que a acompanhou, que a acolheu e que disse que não era o tempo deles...
Realmente, não era o tempo deles. Foram perceber então, que o tempo é cruel...Ele mata o que a tanto tempo estava ali guardado como eterno na caixinha de lembranças.
Ela se despediu, sem esperar por escutar novamente a promessa de não ser a última vez.
Ele se despidiu novamente com o tempo como seu aliado. Dizendo o que sempre disse com tanta segurança para a menina de coração de promessas...Não é a última vez.

Um comentário:

  1. Mto perfeito o seu blog, parabens
    Amei Amei Amei, e continue assim,Beijos sz

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