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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Me pediram para escrever sobre casamento. Casamento? Logo eu que nem sobre namoro sei...Fiquei pensando a respeito. Como falar sobre algo que desconheço?
Procurei encontrar alguma relação que me inspire a falar sobre esse bicho invisível que deixa nosso coração apertado e nos faz de repente amar...
E vejam só que ironia...encontrei em uma relação que não presenciei. Minto, presenciei sim, presenciei dia a dia nos olhos de uma mulher que nos últimos 40 anos foi fiel a um amor sem igual. Quando, na minha inexperiencia sobre relacionamentos, lhe perguntei o que era casamento ela me respondeu: "É a união de duas almas". Achei a resposta tão cliche, embora, pensando melhor, casamento é uma coisa tão cliche quanto "Casaram-se e foram felizes para sempre..."
Mas minha avó foi mais fundo em sua resposta padrão. "é uma união de almas. Há 40 anos meu marido foi embora, mas eu o sinto presente a todo momento, a todo instante...Casa-se porque se ama.".
Amor que se alimenta do tempo. Que é chama e quando um já não está presente o outro a alimenta pelos dois. Talvez seja isso que eu veja nos olhos de minha avó. Uma chama que não se apagou e que segue lá constante, como são constantes os minutos que os separam...
O amor é cafona, como diria o compositor, é o ridículo da vida, mas seria mais ridículo passar a vida toda com medo de amar.
Enfim, voltando ao tema casamento. Casa-se para confirmar algo que foi construido dentro da gente. Se casa pelo desejo do eterno, do para sempre. Se casa pelo cliche que é viver e deixar viver.
E eu que no começo de meus pensamentos pequenos achava que não entendia e não poderia falar sobre relacionamento começo a mudar de opinião, porque sou assim mesmo, inconstante. Nas minhas relações desastradas e sem título eu busco algo que as torne eternas, pelo menos em minhas lembranças.

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