Total de visualizações de página

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lembro da varanda de sonhos, do porão de fantasias e da sala de emoções.
Sinto saudade do muro de amizade e dos degraus de espera.
É estranho como certas coisas nos fazem falta.
Queria de volta o pega pega e as palmas estaladas da visita.
Como não ter mais a lembrança viva disso tudo? Sinto que o que ficou está desmoronando.
Primeiros traumas, primeiros amores...Na parede a medida de algo inacabado.
Armadilhas e noites mal dormidas. Festas inacabas, brincadeiras que não se esgotam.
Medos amparados pela companhia de um olhar dócil.
Estou tentando escrever coisas para deixar gravado na minha memória o que me faz feliz.
O estalo do chão e a certeza da chegada.
A doença que passou e o acidente que superou.
Cheiro de café da manhã misturado com música clássica.
Corredor de histórias.
Para onde quer que eu olhe já não existe mais.
Sinto falta de cabelos encaracolados e de atravessar a imensidão para estar protegida.
Hoje é um dia triste. Assim como é triste olhar para o vazio de algo que um dia foi muito.
Uma parte do que fui já não existe mas a saudade, essa fica aqui comigo escondida. Ela insiste em se manifestar quando eu menos espero e de me lembrar que certas coisas não voltam mais...
A última noite leva o peso e a leveza de ser inesquecível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores