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terça-feira, 6 de março de 2012

Ela de repente se viu observando a si própria. Observou a si própria decifrando os muitos tipos de sorriso que vinham dele. Se viu contornando lábios e guardando os sinais que ele sem querer jogava para ela.
E então se distraiu...Se ela disesse que esperaria o tempo que fosse já começaria esta história mentindo, pois não há espera que justifique a vontade de mudar o rumo dessa história.
Pensou que talvez em breve esqueceriam tudo aquilo, sem saber que contunuariam lembrando, mesmo sem querer.
Foi procurando detalhes que justificassem esse encantamento. Procurou no olhar, no toque, na respiração, em seus sentidos...e encontrou. E de subto viu-se sendo observada, não por si própria, mas pelo próprio...E nos olhos dele viu refletida sua imagem e começou uma confusão de quem observa quem e que. E desta confusão de olhares, confundiram um ao outro e se confundiram. Confundiram lábios, pernas, pescoços, mãos...
Até que se deram conta que tudo era mais simples, que tudo era mais fácil. Ela se afastou e de longe viu que estas coisas simples e facéis iam morrendo pouco a pouco. E compreendeu que era hora...alguém tem que saber quando é hora de parar.
Na calada da noite apagou a luz e a história de coisas simples, tão simples que complicam o entendimento de quem quer tentar entender o que não tem razão.
Na escuridão contemplou o que guardou, lembrou-se de palavras jogavas, de segredos contados, dos muitos tipos de abraços, das muitas formas de beijos. Guardou tanta coisa que se viu cheia, cheia de vontade! E dessa vontade ficou a saudade...e na saudade ela o encontrou novamente. E novamente entendeu como era simples tudo aquilo.
Simplesmente foi como tinha que ser, foi como era para acontecer, sem precisar de nome, sem precisar que se expliquem, sem precisar que se precise. E o fim veio busca-los...
Ela então escreveu seu desejos na história e cravou no tempo as marcas da sua espera.

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